As necropsias em casos de mortes naturais deixarão de ser realizadas pela Secretaria da Segurança Pública, através do Departamento de Polícia Técnica, e ficarão sob a responsabilidade de patologistas da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab). Um convênio foi assinado na tarde desta segunda-feira (24), promovendo a transferência que reduzirá 30% dos procedimentos feitos por peritos médicos-legistas.
Uma sala no prédio do Instituto Médico Legal (IML) Nina Rodrigues foi cedida e abrigará a equipe médica da Sesab. “É um grande passo para desafogarmos o fluxo de exames de mortes naturais que sobrecarregavam as ações do DPT”, ressaltou o secretário da Segurança Pública, Maurício Teles Barbosa.
O secretário da Saúde, Fábio Vilas-Boas, explicou que “a importância do serviço reside no fato de que o esclarecimento das causas da morte de um paciente é fundamental para a definição das políticas de saúde, da implantação de medidas oportunas de vigilância às doenças, para a promoção de diagnósticos e para o acompanhamento de surtos ou casos isolados de doenças emergentes ou reemergentes”. Lembrou ainda que a investigação da causa mortis também contribui para o melhoramento do Sistema de Informações de Mortalidade, do Ministério da Saúde (MS).
O diretor do DPT, Élson Jeffesson, contou que essa mudança era um pleito antigo dos peritos. “As mortes naturais nos demandavam mais tempo e meios para que chegássemos às causas do óbito. Esses procedimentos atrasavam as realizações das necropsias nos casos de mortes violentas.
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