As investigações da operação Citrus desencadeada pelo Ministério Público Estadual em Ilhéus, esbarrou em supostos desvios de recursos em programas federais. A Polícia Federal entrou em campo, e segundo informações colhidas pelo Blog Agravo, vários cargos comissionados do ex- governo Jabista que atuaram em programas sociais, já foram ouvidos.
Recentemente agentes em um carro descaracterizado fizeram uma visita a um ex- vereador, supostamente para intimá-lo. Paralelamente, o Ministério Público Estadual continua intensificando as investigações que podem levar mais alguns políticos ilheenses para o presídio Ariston Cardoso. Há uma forte expectativa que novas figuras que estão “fora” do radar político sejam colhidos em uma nova fase da operação.
Segundo apurado em investigação realizada pelo promotor de Justiça de Ilhéus, Frank Ferrari, e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), o grupo criminoso operava há cerca de dez anos celebrando contratos com o Município de Ilhéus para o fornecimento de bens diversos, utilizando as rubricas genéricas de “gêneros alimentícios” e “materiais de expedientes/escritório”. Somente as empresas de Enoch Andrade teriam recebido da Secretaria de Desenvolvimento Social, no período de 2013 a 2016, mais de R$ 5 milhões em esquema que contava com a participação de agentes públicos da secretaria.
O MP apura, ainda, se houve fraudes em outras licitações realizadas pelo Município de Ilhéus neste mesmo período, que estão calculadas em mais de R$ 20 milhões. Continuam preso desde março no presídio Ariston Cardoso, o empresário Enoch Andrade Silva, o ex-secretários de Desenvolvimento Social de Ilhéus e vereador Jamil Chagouri Ocké, além do ex-secretário Kácio Clay Silva Brandão.
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