O departamento de Justiça dos Estados Unidos informou nesta quarta-feira (21) que, em acordos de leniência, a Odebrecht admitiu ter pago, entre 2001 e 2016, US$ 788 milhões e a Braskem, US$ 250 milhões, entre 2006 e 2014, em propina a funcionários do governo, representantes desses funcionários e partidos políticos do Brasil e de outros 11 países. Para o órgão dos Estados Unidos, é o “maior caso de suborno internacional na história”.
O documento do departamento norte-americano, foi tornado público nesta quarta, após as duas empresas assinarem acordos de leniência com os governos da Suíça e dos Estados Unidos com o objetivo de suspender ações judiciais contra as companhias nos dois países. Os acordos de leniência (espécie de delação premiada das empresas, que se comprometem a revelar atos ilícitos em troca de benefícios) foram assinados no âmbito da Operação Lava Jato.
Segundo o comunicado do Departamento de Justiça dos EUA, a Odebrecht pagou propina para garantir contratos em mais de 100 projetos em Angola, Argentina, Brasil, Colômbia, República Dominicana, Equador, Guatemala, México, Moçambique, Panamá, Peru e Venezuela.
“De acordo com as confissões, a Odebrecht se envolveu em um massivo e inigualável esquema de suborno e arranjo de licitação por mais de uma década, começando em 2001. Durante esse período, a Odebrecht pagou aproximadamente US$ 788 milhões em suborno a funcionários do governo, representantes deles e partidos político em países com o objetivo de vencer negócios nesses [12] países”, diz o departamento. ( G1/Brasil)
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