Mensagem aos artistas e ao setor cultural de Ilhéus


Carlos Machado, Cacá.
 Cacá Colchões.

Há três dias, por recomendação médica, tenho estado ausente da maior parte dos meus compromissos de campanha. O companheiro Rodrigo Cardoso, meu vice, tem cumprindo nossas agendas e visitado a cidade levando até a população de Ilhéus o nosso compromisso de fazer esta cidade avançar.

Ontem, passei por consulta médica e segundo diagnóstico, me encontro com uma forte virose que se estendeu para uma conjuntivite aguda e uma inflamação de minhas cordas vocais, deixando-me completamente afônico, sem condições de dialogar com a minha gente. À pedido médico, deveria estar, inclusive, em completo repouso.

No entanto, nem mesmo este quadro preocupante me impediu de à noite ir ao Teatro Municipal de Ilhéus, à convite do Conselho Municipal de Cultura e da Academia de Letras de Ilhéus, debater com a sociedade sobre as nossas propostas para o setor.

Poderia ter apresentado o atestado médico que tenho em mãos. Não o fiz. Fui até ao teatro por que tenho a honra de fazer parte do grupo político que mais valorizou a cultura de Ilhéus e que, nos últimos quatro anos, dedicou-se a reconstruir esta nossa riqueza, através de iniciativas de valorização da cultura popular ou mesmo na recuperação de espaços físicos, a exemplo do Teatro Municipal e do Prédio do General Osório, que encontramos em ruínas, fruto do descaso administrativo do governo anterior e, hoje, já devolvidos à cidade totalmente recuperados.

O que queria diante da plateia presente ao TMI era poder explicar a minha condição física. Lamentar não poder debater com meus adversários, sobre as conquistas e os mais recentes avanços da cultura. Ao pedir a colaboração dos demais candidatos presentes ao evento, e ter sido negada esta oportunidade, não tive a condição de poder explicar a minha condição física e a necessidade impeditiva de continuar no recinto. Primeiro, por não poder me comunicar com o público. Segundo, por recomendação médica, não poder continuar em ambientes com ar condicionado.

O meu compromisso com a cultura de Ilhéus transcende um problema de saúde. Fato. Tinha em mãos um atestado médico que me permitiria estar ausente deste compromisso. Fui até lá para propor que meu candidato a vice, Rodrigo Cardoso, pudesse ser o porta-voz dos meus sonhos, dos meus projetos e dos meus compromissos com o povo e os artistas de Ilhéus. Infelizmente não tive a compreensão dos demais candidatos e nem o respeito dos seus militantes.

Quero aqui agradecer a postura do representante da Academia de Letras de Ilhéus, André Rosa, que ainda tentou convencer os demais candidatos – com exceção de Mário Alexandre e Andréia Dickie, que não compareceram – sobre a limitação da minha saúde. Uma iniciativa, infelizmente, sem êxito.

Lamento profundamente que não tenha sido possível, por parte dos meus adversários, entender a limitação da minha condição física. Lamento profundamente não ter podido falar como encontramos a cultura de Ilhéus, como a estamos entregando e que projetos tenho para fazer a cultura avançar. Ninguém, mais do que eu, gostaria de estar ali, falando o que a cidade gostaria de ouvir.

Ilhéus quer viver um novo tempo na política. Onde os interesses pessoais não transcendam aos interesses coletivos. E que mesmo numa disputa eleitoral a gente saiba respeitar a condição do outro.

Cacá Colchões

*Nota encaminhada ao Blog pelo candidato a prefeito de Ilhéus, Cacá Colchões.