Uma audiência articulada pelo deputado federal Bebeto Galvão (PSB) com o novo ministro das Minas e Energias, Fernando Bezerra Filho, marcou a reabertura do diálogo sobre a indústria naval baiana, em especial o Estaleiro Enseada do Paraguaçu, localizado em Maragogipe, na Bahia, que está com as atividades suspensas. “Esse encontro é parte do nosso compromisso em defesa de uma indústria que representa uma conquista econômica do estado”, informa Bebeto. Participaram da reunião o presidente da Federação das Indústrias da Bahia (FIEB), Ricardo Alban, os dirigentes da empresa Enseada Indústria Naval, Fernando Barbosa (presidente) e Humberto Rangel (gerente), além do vice-presidente do Sintepav-Ba, Irailson Gazo, e Digal Vieira, liderança política de Maragogipe.
De acordo com o deputado Bebeto, a comitiva fez uma apresentação ao ministro comprovando a viabilidade do projeto, além de mostrar os indicativos sobre como o empreendimento pode voltar a funcionar. “Já existem parceiros para investir, principalmente fora de financiamentos públicos, restando ao governo assumir a capacidade proativa para construir a solução e manter a continuidade dos investimentos, devolvendo à indústria naval da Bahia a sua condição de geradora de emprego, renda, tributos, bens e serviços”, pontua Bebeto Galvão.
O parlamentar informa ainda que a comitiva saiu da reunião com uma expectativa positiva, uma vez que o ministro Fernando Filho mostrou disposição para tratar do tema. “O ministro manifestou total empenho para que o maior empreendimento industrial da Bahia volte a funcionar, inclusive defenderá junto ao presidente da República a importância de garantir o curso de desenvolvimento através da indústria naval brasileira, que é agregadora de outras cadeias industriais. O ministro ficou convicto de que não podemos perder essa janela de oportunidades, completa Bebeto.
Sobre o Estaleiro
Anunciado em 2012 com um investimento inicial previsto de R$ 2,7 bilhões, o Estaleiro localizado às margens do Rio Paraguaçu, no município de Maragogipe, representa o maior empreendimento da Bahia nos últimos 10 anos, e um dos maiores da indústria naval da América Latina. No seu momento de pico das obras, o empreendimento chegou a empregar 7 mil trabalhadores diretos, ascendendo na região do Recôncavo uma série de expectativas e investimentos locais. Para se ter uma ideia, a movimentação financeira projetada até 2020 seria de R$ 20 bilhões. “Não podemos aceitar que tirem isso de nós”, finaliza.
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