A Polícia Federal deflagrou na manhã desta segunda-feira a Operação Repescagem. Estão sendo cumpridos seis mandados de busca e apreensão, um mandado de prisão preventiva e dois mandados de prisão temporária nas cidades de Brasília, Rio de Janeiro e Recife.
Os mandados foram expedidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba em investigação de crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e corrupção passiva e ativa envolvendo verbas desviadas da Petrobras.
Há um mandado de prisão preventiva contra o ex-assessor de José Janene (ex-PP, morto em 2010) João Claudio Genu. Janene foi um dos mentores do esquema de loteamento político na Petrobrás.
O nome da 29ª fase da operação faz referência ao fato de que Genu foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do mensalão, mas nunca chegou a cumprir a pena pois a condenação para um de seus crimes prescreveu e ele acabou sendo absolvido de outro crime ao recorrer da sentença na Corte. A Lava Jato, contudo, descobriu que ele também teria atuado no esquema de corrupção na Petrobrás e, por isso, pediu sua prisão.
Segundo as investigações, Genu continuou recebendo repasses mensais de propinas, mesmo durante o julgamento do mensalão e após ter sido condenado, até o ano de 2013.
Janene foi o responsável pela indicação de Paulo Roberto Costa à diretoria de Abastecimento da Petrobrás durante o primeiro mandato do ex-presidente Lula. Costa foi preso na primeira etapa da operação, em 2014, e se tornou também o primeiro delator da investigação, revelando a existência de um esquema de loteamento político nas diretorias da estatal que envolvia o pagamento de propinas que variavam de 1% a 3% dos valores dos contratos da petrolífera para PT, PP e PMDB.
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