O Conselho de Ética da Assembleia Legislativa da Bahia só deve receber na próxima semana a representação contra o deputado Pastor Isidório de Santana (PDT), feita pela Comissão dos Direitos da Mulher e a Bancada Feminina da Casa. Ele está sendo acusado de quebra de decoro parlamentar e preconceito de gênero por declarações consideradas “homofóbicas” e “machistas”.
O parlamentar, que é evangélico, pode perder o mandato caso seja condenado pelo Conselho de Ética. A gota d’água para as deputadas foi um vídeo que Isidório postou na internet, no Dia das Mães, ao lado de sua genitora, agradecendo-a “por não ser sapatão”, o que permitiu ele ter nascido, motivo para exaltar que a mãe teria “a xoxota mais santa do mundo”.
As deputadas Fabíola Mansur (PSB) e Luiza Maia (PT) acharam que Isidório passou dos limites no que chamam de processo de “desrespeito às mulheres” e “apologia à homofobia”. Quando o deputado integrava os quadros do PSB, Fabíola já tinha defendido sua saída da legenda. Na sessão desta terça-feira, 17, da Assembleia Legislativa, a deputada Luiza Maia cobrou da mesa diretora o envio rápido da representação ao Conselho de Ética. “Um poder não pode aceitar um dos seus membros com postura tão homofóbica e machista. Não se pode ter medo dos ataques de ódio e dessa histeria contra os homossexuais”, reclamou.
Isidório queixou-se de que querem cassar “o segundo deputado mais votado da Bahia” e provocou que, na Assembleia, não se sabe ao certo quem “é homem ou mulher”. A deputada Fabíola Mansur retrucou que a votação de um deputado não tem influência na Casa, pois segundo ela todos os parlamentares teriam o mesmo “peso”. (A Tarde)
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