Saudade do amigo Joaquim Carvalho


Por Alisson Gonçalves

Joaquim e Alisson.
Joaquim e Alisson.

É controverso no meio da ciência o tempo de existência do planeta Terra, muitos evolucionistas ligados à ciência afirmam que a Terra tem cerca de 4,56 Bilhões de anos. Criacionista e de formação cristocentrica que sou, prefiro acreditar nas contas bíblicas de que a terra possui 6.000 anos. Seja lá qual for a crença de cada um de nós, o fato incontestável é que até hoje não nos acostumamos com a morte. Isso se explica por uma única razão, nós não fomos feitos para morrer, não era esse o plano original da criação.

É muito comum, ouvirmos depoimentos diversos à cerca dos que partem desta vida. Existe um dito popular inclusive, que diz: “Depois que morre, todo mundo vira santo”. Não é o caso do querido amigo Joaquim Carvalho, que ontem à noite nos deixou.

Homem simples, de coração gigante, prestativo e de uma educação admirável, Joaquim sempre foi diferente. Não tenho autoridade para falar do empresário, do grande produtor de cacau que foi porque minha relação desde os 7 anos de idade com ele e  Rúbia  sempre foi de amizade, afeto e muito respeito.  Lembro-me bem de todas as vezes que corria com meu primo Bruno e Joaquinzinho pelo gramado verde de sua casa, dos  banhos na piscina de sua casa aos domingos e dele “correndo” em busca de nós e perguntando: “Quinzinho meu filho, você e os meninos já lancharam?”, “Rúbia resolva isso, coloque esses meninos para comer!”

De outra fase de minha vida, já aos 17 anos no movimento estudantil e nos primeiros passos da militância político partidária, lembro dos muitos cafés da manhã que ia tomar com ele e Rúbia. Com ele aprendi muitas coisas, dentre elas destaco a leitura matinal do Jornal A Tarde da Bahia. (risos…)

Nos últimos três anos, tive a grata satisfação de voltar a conviver bem de perto com ele e Rúbia. Comer o seu delicioso cuscuz muitas vezes, degustarmos juntos das deliciosas moquecas feitas por Maria e principalmente de conversarmos muito sobre política, o que era essencial  nas conversas com ele. Nesses quase 23 anos de relação com a família e com ele, duas coisas sempre me impressionaram:

1-      A fé que ele tinha, assim como tem Rúbia, que foi o que sempre os manteve em momentos difíceis;

2-      A forma sempre cordial e gentil de tratar todas as pessoas sem distinção.

Esta segunda, sem duvida sua maior qualidade aos meus olhos. Pois sempre fui tratado por ele com o mesmo respeito que sempre o vi tratar grandes personalidades como o ex-deputado Leur Lomanto, Jhutayr Magalhães e tantos outros que em muitas manhãs e tardes glamorosas debatiam os rumos da política em sua casa.

Suas boas risadas, suas fascinantes historias e seu bom exemplo certamente serão sempre lembradas por nós.

Saudade! Amigo descanse em paz e que Deus conforte toda família!

*Alisson Gonçalves é Estudante de Sociologia e chefe de Gabinete Dep. Bebeto Galvão.