Em encontro estadual da tendência interna do PT Esquerda Popular Socialista (EPS), realizado em Salvador, neste sábado (9), militantes do partido e de diferentes setores da sociedade defenderam o ministro do governo Dilma e ex-governador da Bahia das acusações que tem recebido. De acordo com o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA), um dos líderes da corrente no estado, Wagner é alvo de devassa por ter fortalecido o setor político da presidente da República. “A defesa é contra a tentativa torpe de setores da mídia e do judiciário que criminosamente vazam depoimentos e frases descontextualizadas dos processos e inquéritos da operação Lava Jato. Tudo isso para utilizá-las como arma política contra o PT”, diz Assunção.
Acusações contra Wagner
Em negociação com a força-tarefa da Operação Lava Jato e com a Procuradoria-Geral da República para firmar um acordo de delação premiada, o ex-presidente do PP (Partido Progressista) Pedro Corrêa adiantou ter informações capazes de comprometer aproximadamente cem políticos, entre eles dois ministros do atual governo: Jaques Wagner, da Casa Civil, e Aldo Rebelo, da Defesa.
A menção a Jaques Wagner, homem de confiança da presidente Dilma Rousseff, se soma a outras feitas ao petista na semana passada.
O ex-diretor Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, teria indicado à Polícia Federal que o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner (PT) recebeu “um grande aporte de recursos” para a sua campanha ao governo da Bahia em 2006. Segundo o jornal Valor Econômico, o conteúdo do depoimento estava em documentos apreendidos na casa do senador Delcídio da Amaral (PT-MS) e foram utilizados como base para o acordo de delação premiada do diretor.
Cerveró teria detalhado como foi concedido suposto caixa dois para a campanha de Wagner, por meio de uma operação atribuída ao então presidente da petrolífera, José Sérgio Gabrielli. O gestor da multinacional teria realocado o setor financeiro da empresa, então localizado no Rio de Janeiro, para Salvador – que seria uma das origens do dinheiro desviado. “Nessa época, o presidente Gabrielli decidiu realocar a parte operacional da parte financeira para Salvador, sem haver nenhuma justificativa, pois havia espaço para referida área no Rio de Janeiro”, afirmou Cerveró.
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