Os trabalhadores da Petrobras, em greve desde a semana passada, tem um ponto na pauta de negociação sem relação com melhorias nos salários.
A turma quer que a estatal reveja o plano de negócios apresentado no meio deste ano, que prevê uma série de desmobilizações e vendas de ativos financeiros.
O problema para eles é que esses processos têm como efeitos colaterais as demissões de trabalhadores terceirizados, que representam parte significativa da força de trabalho que atua na empresa.
Aqui na Bahia, desde o início do ano, foram demitidos mais de 1,2 mil pessoas por conta da suspensão de contratos de exploração e na redução do pessoal administrativo, de acordo com o diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUB) na Bahia, Leonardo Urpia.
Até o final do ano, a estimativa é de mais 300 demissões, o que deve elevar o número de baixas a 1,5 mil.
“Só nesta semana, soubemos de mais 10 desligamentos, e a perspectiva é de novas baixas”, afirma.
Por isso, os representantes dos trabalhadores consideram fundamental discutir o plano de negócios. “Já aprovamos a greve na Bahia e vamos parar a qualquer momento”, diz.
Em seis estados, já pararam.
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