Por Gustavo Kruschewsky/ [email protected]
Dançar é um grande remédio prazeroso para aliviar o estresse. Quando uma pessoa está estressada o organismo dela produz adrenalina e cortisol, que são os hormônios presentes nesse estágio de estresse. Com isso, o músculo cardíaco (coração) fica acelerado – em função do aumento da eletricidade neste órgão – e os músculos esqueléticos ficam rígidos e tensos. A dança é uma excelente atividade física para eliminar a adrenalina e o cortisol que estavam circulando em dose alta no corpo por causa do estresse. Com o exercício da dança, de forma moderada, esses hormônios começam a ser regularizados pelo coração e pelos músculos.
E, portanto, relaxa-se a cabeça (cérebro) e são liberados principalmente os hormônios da endorfina, dopamina e serotonina, os quais dão a sensação de prazer. Dançar também queima calorias, regula o sono, alivia a tensão do dia a dia, diminui consideravelmente o nervosismo e a ansiedade de quem pratica regularmente pelo menos três vezes por semana durante quarenta minutos por exemplo. Antes, porém, é prudente consultar o seu médico a fim de verificar o seu estado de saúde! A atividade física através da prática da dança – dependendo da dança – tem a vantagem do impacto ser mínimo, mormente nos joelhos e coluna. Acresce que existem tipos de dança que instiga, estimula a sensualidade e a sexualidade que muitas das vezes estavam adormecidas em algumas pessoas idosas. A prática regular da dança é mais um componente que ajuda o idoso a sentir no seu espírito que todos esses anos vividos por ele foram finalmente a fim de encontrar a jovialidade…
Todavia, Jogar futebol na terceira idade – apesar de que com a prática do futebol a saúde se beneficia e proporciona interação social – exige cuidados maiores. É preciso ter cautela para evitar o aparecimento de lesões, na prática do futebol, tendo em vista o impacto com o solo das articulações e da coluna vertebral na dinâmica futebolística.
Acresce que é um esporte de contato físico que nem sempre o idoso está preparado para receber esses impactos. É preciso uma eficiente avaliação – a fim de verificar se o idoso pode praticar o futebol até mesmo como lazer – por parte de profissionais da saúde a fim de atestar se o idoso avaliado está em boas condições cardiovascular, respiratória e se não apresenta outras doenças a exemplos de osteoporose, artrose óssea e artrite, aquela é uma doença degenerativa enquanto esta é uma doença considerada inflamatória.
A verdade é que com a idade – principalmente acima dos 60 anos – os órgãos estão bem mais envelhecidos e pode ser causa de tantas outras doenças e talvez o futebol nessa faixa etária não seja aconselhável como atividade física e recreativa para alguns idosos. A prática do futebol – além de outros fatores já mencionados – deve ficar adstrita à condição genética de cada pessoa que está experimentando a idosidade. Portanto, fica claro que nem toda pessoa idosa deve praticar a atividade do futebol considerando ainda que a referida prática esportiva exige do praticante excelente capacidade aeróbica, anaeróbica, força muscular e articular. Para adquirir esse condicionamento é preciso ser dotado de uma boa a excelente capacidade músculo esquelético, do contrário o desgaste será em excesso que só fará mal à saúde do idoso.
Mas, se o idoso – de qualquer sexo – já comprovadamente apto à prática do futebol, quiser participar de torneios ou campeonatos desta modalidade o ideal seria se preparar participando de treinamentos moderados respeitando-se os princípios esportivos a exemplos do princípio da individualidade biológica; princípio da adaptação; princípio da reversibilidade da ação; princípio da sobrecarga; princípio da continuidade; princípio da especificidade; princípio da interdependência volume – intensidade; princípio da variabilidade e princípio da saúde. Assim sendo, o resultado da prática futebolística para o praticante idoso será salutar e não danoso à sua saúde, para que ele possa se tornar um idoso em exercício de plena juventude.
*Gustavo Cezar do Amaral Kruschewsky é advogado e professor.
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