A Bahia perdeu 6.800 postos de trabalho com carteira assinada em fevereiro. O número é a diferença entre as 56.123 contratações e os 62.923 desligamentos registrados no mês passado. Os dados fazem parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) que foram divulgados nesta quarta-feira (18).
Segundo o MTE, nos dois primeiros meses do ano, a Bahia contabiliza 9.732 postos formais a menos, uma variação negativa de 0,53% em relação ao mesmo período de 2014. Nos últimos 12 meses (março/14 a fevereiro/15), o saldo entre criação e fechamento de vagas formais no estado tem resultado negativo de 4.584 postos.
O resultado da Bahia acompanhou a variação negativa registrada pelo Caged para todo o Brasil. Em fevereiro, o país contabilizou a extinção de 2.415 vagas com carteira assinada, resultado bem pior que a geração de 260.823 em igual mês de 2014, mas melhor que a eliminação de 81.774 postos em janeiro de 2015.
O dado do mês passado é o pior para meses de fevereiro desde 1999, quando foram fechados 78 mil postos. Ao avaliar os dados, o ministro do Trabalho Manoel Dias disse que o resultado foi influenciado pela Operação Lava Jato da Polícia Federal, que investiga esquema de corrupção na Petrobras envolvendo as maiores construtoras do país, que, afetadas pela crise, estão com dificuldade para manter obras.
Isto porque no setor de Construção Civil as demissões superaram as contratações em 25,8 mil postos. Resultado que só não foi pior que o do Comércio, em que o saldo foi negativo em 30,3 mil.
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