Do Correio da Bahia
O presidente da empresa, Abelardo Oliveira, garante que as principais barragens estão com volume acima de 70%, o que deixa o estado em uma situação confortável. A única situação crítica é Caetité,um caso isolado no estado segundo a Embasa.
Essa é a mesma opinião do secretário estadual de Infraestrutura Hídrica, Cássio Peixoto. “Podemos dizer que as principais barragens no estado estão acima do previsto e 11 delas acima da sua capacidade”.
No entanto, Sérgio Bastos, presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica Recôncavo Norte e Inhambupe, que abastece Salvador, alerta que é preciso ter uma gestão hídrica efetiva no estado. “Se mantivermos o padrão de gestão e confiarmos que vai chover eternamente, poderemos virar São Paulo”, analisa.
Segundo Bastos, a partir de março, os comitês vão se reunir para elaborar os planos das bacias. Para ele, o estado precisa de um planejamento hídrico. “Não está claro o que vamos fazer, caso haja uma emergência”, afirma Bastos.
Ele alerta também para as perdas da rede de água do estado. “Não se fala muito em perdas, muitas vezes se coloca a culpa apenas nas ligações clandestinas, mas temos uma rede muito antiga que precisa ser trocada”.
Além disso, Bastos lembra que é preciso, o quanto antes, frear a ocupação desordenada do solo. “Às vezes, as obras não são planejadas junto com o saneamento básico. Isso tudo tem impacto depois, vai se agravando e chega uma hora que entra em colapso”, pontua.
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