A leitura que se extrai das urnas em Ilhéus


Por Jamesson Araújo

jamesson-araujoSe há algo que podemos ter certeza, é de que, nessas eleições de 2014, o resultado das urnas não foi bom para os grupos políticos que se antagonizam na política ilheense. Ambos os lados demonstraram enfraquecimento, decorrente da ausência do poder, em cativar o eleitorado/população de Ilhéus. Da incapacidade de se mostrarem como vias confiáveis para retirar o município do estado de letargia que se encontra.

A população de Ilhéus soube dar a resposta no último dia 05, negando aos candidatos desses dois grupos, o respaldo que supostamente emergiria das urnas. A resposta foi estrondosa, e faz esmaecer a força desses dois grupos, abrindo caminhos a novos projetos/propostas.

Observem que a votação nas eleições de 2010, que já não tinha sido grande coisas, caiu ainda mais nas eleições desse ano. Para se ter uma ideia, os candidatos do grupo jabista, em 2010, tiveram as seguintes votações: Ronaldo Carletto (candidato a deputado estadual) 5.312 votos; Mario Negromonte (candidato a deputado federal) 5.898 votos. Já nas eleições deste ano: Eduardo Salles (candidato a deputado estadual) 4.873; Mario Negromonte Jr. (candidato a deputado federal) 4.250 votos.

É notório o encolhimento dos votos do grupo jabista, se considerarmos que hoje ele é prefeito do Município de Ilhéus, tendo obtido, nas eleições de 2012, 39.733 votos. Sua capacidade de encantar já desvaneceu.

Na mesma toada segue o grupo do PT que, misturado ao grupo da deputada Ângela, experimentou uma diminuição dos votos. Nas eleições de 2010, a deputada obteve, nas urnas de Ilhéus, 13.708 votos, época em que fez dobradinha com o grupo do agora ex-deputado federal Geraldo Simões. Agora, alinhada com o grupo do deputado federal, Josias Gomes, teve uma perda significativa de votos, obtendo, apenas, 11.517 votos. Já o federal, que em 2010 havia obtido 5.296 votos, perdeu praticamente a metade dos votos, recebendo apenas 2.630.

A deputada Ângela e seu grupo que acenda a luz vermelha para 2016, pois está mais do que provado que suas alianças com o PT ilheense não geram frutos, é estéril.

  Se considerarmos que nas eleições de 2012 a candidata à prefeita do PT, obteve 29.805 votos, o resultado das eleições mostra-se desastroso. Onde foram parar esses votos? Podem até dizer que são eleições distintas e os votos são pulverizados por diversos candidatos. Porém, essa desculpa não cola, pois a votação não foi a esperada.

Outro que sai menor das urnas do que quando entrou é o candidato a deputado estadual Jorge Luiz, que contou apenas com 3.094 votos, sendo que em 2012, por se apresentar como opção aos grupos antagônicos do jabismo, e do PT aliado à deputada Ângela, recebeu dos eleitores ilheenses uma estrondosa votação. Foram 20.571 votos. Onde foram parar esses votos?

De uma certeza não podemos escapar. Muitos foram os derrotados nessas eleições de 2014.