Quem usa a internet em computadores, tablets ou smartphones passa a contar com mais uma ferramenta de incentivo à doação e divulgação das campanhas da Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia (Hemoba) – o aplicativo Hemoliga, lançado na manhã desta quarta-feira (8), na sede do Hemoba, em Salvador. Por meio do sistema, qualquer pessoa, doadora ou não, pode tomar conhecimento dos dados sobre os bancos de sangue no estado, compartilhá-las nas redes sociais e até criar um cadastro virtual de doadores.
Conforme Thiago Luccas, um dos criadores do aplicativo, a iniciativa foi implantada inicialmente em estados como Amazonas, Rio Grande do Norte e São Paulo. “A pessoa pode entrar no www.hemoliga.com.br. Na aba ‘aplicativos’, estão disponíveis as versões IOS e android, além da versão web para contemplar as pessoas que não têm nenhum destes dois sistemas operacionais e pode, pelo computador, fazer o cadastro normalmente. A única diferença é que a notificação será enviada por email”, explica.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza que entre 3% e 5% da população seja doadora. No Brasil, cerca de 1,8% da população é doadora regular de sangue e, na Bahia, este percentual está em torno de 1%. De acordo com a Hemoba, o estado precisa de 450 mil por ano, mas em 2013 foram coletadas apenas 90 mil, aproximadamente.
Para o diretor da Hemoba, José Raimundo de Jesus, a nova ferramenta reforça as campanhas de incentivo à doação que ocorrem durante todo o ano. “Este aplicativo aproxima a relação entre a Hemoba, os doadores e as pessoas que querem ajudar, mesmo não sendo doadoras, mas divulgando nas suas redes sociais, formando uma cadeia de solidariedade importante. É um esforço contínuo”.
O chefe de gabinete da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), Paulo Barbosa, observou que a internet está presente na rotina da maioria das pessoas e, por esta razão, o lançamento do Hemoliga, que é voltado aos internautas, é estratégica. “Muitos hospitais adiam cirurgias por falta de sangue. Mais crítico ainda é o paciente que chega em uma unidade de emergência precisando de um tipo de sangue que não temos no estoque. Esta [incentivar a doação] é uma tarefa que cabe à sociedade como um todo e a imprensa tem um papel muito importante em nos ajudar a divulgar este aplicativo”.
Há mais de uma década, o militar Dalmo Oliveira, 32 anos, doa sangue regularmente. Ele, que é morador do bairro de Piatã, informou que começou a doar por causa da profissão, mas com o tempo se tornou doador voluntário. “Vou baixar o aplicativo, e a expectativa é que agora fique mais fácil ainda ajudar e fazer a doação”.
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