Ilhéus tem 22 escolas municipais com queda no Ideb no período de dois anos


Matéria do Jornal A Região

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Escola Municipal Marianne Eckes apresentou evolução no Ideb. Foto Jamesson Araújo

Falta de professores para disciplinas como Português e Matemática, precariedade na infraestrutura e uma greve de mais de 80 dias dos profissionais da educação no ano passado são apontados por educadores como as causas.

Elas foram as principais responsáveis pela queda no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) em Ilhéus. O maior prejuízo foi para os estudantes da escola Professor Osvaldo Ramos, cuja média nos anos iniciais (1º a 5º) caiu de 4,4 para 3,4.

Situação parecida ocorreu na escola do Salobrinho, com o Ideb baixando de 4,0 para 3,0. Outra escola com fraco desempenho foi a Antônio Sérgio Carneiro, que viu o índice despencar de 4,0 para 3,1. Pela meta do Ministério da Educação, os estudantes deveriam ter conseguido índice 4,6.

Além da Osvaldo Ramos e Sérgio Carneiro, o Ideb caiu em 2013 em relação a 2011 nas escolas Centro de Atenção Integral a Criança e Adolescente (de 4,3 para 4,0), Centro Educativo Fé e Alegria (4,0 para 3,7), Heitor Dias (4,6 para 4,3), Barra de Itaipe (3,5 para 3,2) e Enem (3,2 para 3,1).

O desempenho no Ideb foi ruim também nas escolas de Sambaituba (com índice passando de 3,4 para 3,0), Banco do Pedro (2,9 para 2,8), Iguape (3,8 para 3,7), Dom Eduardo (4,2 para 3,6), Dom Valfredo Tepe (2,9 para 2,7), Dr Nelson Costa de Oliveira (3,9 para 3,5).

Caiu ainda na Herval Soledade (3,8 para 3,1), Odete Salma Meduar (3,7 para 3,6), Pinoquio (4,3 para 4,1), Vovô Isac (de 4,1 para 3,9) e Nossa Senhora das Neves (3,5 para 3,0). Essas escolas ficaram muito longe da meta prevista pelo MEC.

Já as escolas Nucleadas do Japu, Sambaituba I, Themistocles Andrade, Couto e Areia Branca tiveram o rendimento comprometido porque não fizeram a Prova Brasil.

Evoluiu    

Mas houve casos de escolas que conseguiram melhorar o índice de 2011 para 2013. A Marianne Eckes (foto), por exemplo, atingiu no ano passado a nota prevista só para 2015, ao subir de 3,8 para 4,3. A meta do MEC para a escola era nota 4,1 no próximo ano.

Outras escolas que apresentaram evolução no Ideb foram Manoel Malaquias dos Reis, Banco Central (2,9 para 3,2), Basílio (3,5 para 3,9), Pequeno Davi (3,5 para 3,8), Professor Paulo Freire (2,8 para 2,9) e Vila Nazaré (3,2 para 3,7).

No geral, Ilhéus ficou com índice de 3,6, abaixo dos 4,0 previstos pelo MEC. Já nos anos finais do ensino fundamental as escolas com melhores resultados foram Sambaituba (3,0 para 3,3), Banco Central (2,2 para 2,9) e Inema (2,9 para 3,2).

Com resultados negativos ficaram Banco da Vitória (de 3,3 para 3,0), Pontal (4,5 para 3,3), Salobrinho (de 3,1 para 2,9), Princesa Isabel (2,9 para 2,4), Themistocles (3,9 para 2,7) e Instituto Municipal Eusinio Lavigne (3,8 para 3,6). O Ideb previsto era de 3,7, mas ficou em 3,2.

O Ideb

Criado em 2007, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) leva em consideração a média de desempenho dos estudantes em língua portuguesa e matemática e aprovação.

O indicador é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidas no Censo Escolar, e médias de desempenho nas avaliações do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, e Prova Brasil.

  O Ideb é uma das formas de acompanhar o desempenho de escolas, municípios e estados, que devem alcançar metas bienais na qualidade de educação. O desafio é atingir nota média nacional de 6,0 em 2022, nos anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º ano).