Com o risco iminente de greve da Polícia Militar da Bahia, a população baiana passa por um momento de tensão em todo o estado. O fato, que pode se repetir dois anos após a última paralisação, que ocorreu recentemente, em 2012, tem preocupado o deputado estadual Targino Machado (DEM).
Em discurso no plenário da Assembleia Legislativa da Bahia nesta tarde de terça-feira (15), o parlamentar relembrou as 177 mortes ocorridas durante os doze dias da greve passada.
“O risco iminente de greve é objeto de preocupação para todos os baianos. É incontestável o clima de insegurança que se instalou na última greve, demonstrado pelo pânico da população e pelo vandalismo durante os doze dias desta recente paralisação. O saldo na época foi de 177 mortes. O povo clama pelo bom senso do governador. Se a greve, de fato, eclodir, perderá toda a população. Se já está ruim a segurança pública na Bahia, de forma especial, na capital, que é a décima terceira cidade mais violenta do mundo, imagine com esta greve?”, questionou.
De acordo com o deputado, o governo do estado não está se esforçando para evitar que esta paralisação se confirme.
“A Polícia Militar da Bahia, assim como o povo baiano, não quer a greve, que é um direito de todos os trabalhadores da iniciativa privada ou pública. O governo do estado não está tendo sensibilidade para evitar que esta greve venha a eclodir. Há vários meses o clima nos quartéis é de greve latente. Só quem não enxergou isso foi o governo do estado. A greve, se ocorrer, não deve ser creditada à Polícia Militar, mas na intransigência de um governo que só se preocupa com propaganda. O salário de um soldado da Polícia Militar na Bahia é vergonhoso. A obrigação de evitar esta greve é do governador Jaques Wagner”, disse.
Ainda para Targino, o assassinato de um paciente dentro da clínica cirúrgica do Hospital Geral Clériston Andrade, em Feira de Santana, no último sábado, deixa claro que o clima de insegurança no estado é grande.
“Só para ilustrar o quadro de insegurança instalado no nosso estado, quero dar ciência do que aconteceu no Hospital Geral Clériston Andrade no último sábado. Invadiram o local e metralharam um paciente. A segurança pública está entregue. Os pacientes deveriam estar sob a responsabilidade do estado, mas se este não é capaz de protegê-los em seus respectivos leitos, imagina a população nas ruas?”, concluiu.
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