O Carnaval da Paz e da Alegria. Assim está sendo nominado o Carnaval da Reconstrução, que fez com que canavieirenses e turistas “caírem” intensamente na folia por cinco dias. A festa, que foi aberta oficialmente na sexta-feira (28 de fevereiro), somente terminou às 5h30min desta quarta-feira de Cinzas, assim que silenciou o último trio elétrico.
Durante todos os cinco dias da festa, Canavieiras viveu uma verdadeira apoteose com a animação de 26 bandas e dois trios elétricos em três distintos sítios de folia: Rua 13, no centro da cidade, com o Carnaval Tradicional; na Praia da Costa, na Ilha da Atalaia; e no Sítio Histórico, no Cais do Porto, animado por bandas tocando repertórios dos antigos carnavais.
O prefeito Almir Melo recebeu convidados – de Canavieiras e outras cidades – no seu camarote e foi bastante elogiado pela realização do Carnaval, considerado um dos mais organizados e animados. Segundo o prefeito, Canavieiras, mais uma vez, dá uma demonstração que é cidade com grande vocação para o turismo e a realização de grandes festas.
Novas promoções já constam do calendário de eventos da cidade, a exemplo do Festival Nacional do Caranguejo, dentre outras a serem divulgadas nos próximos dias. “Queremos atrair uma gama maior de pessoas, por isso, o formato deste Carnaval foi planejado para atender todas as preferenciais musicais, daí a escolha das atrações, com a finalidade de satisfazer as mais diferentes características”, disse o prefeito.
E o reconhecimento das diferenças ficou evidenciado com a contratação das Bandas Pastor Neto Paz e Swing Gospel para realizar uma festa para os evangélicos, um dos segmentos que abriga grande parte da população. O Carnaval Gospel foi realizado na Praça Maçônica e contou com a participação de evangélicos de diversas igrejas.
No sítio da Rua 13 o público vibrou com atrações como as bandas Tôa-Tôa, É o Tchan, Selva Branca, Maria Breteira, Selva Branca, Mano 3, Pratekerê, que levaram os foliões “à loucura”. Além de trazer as atrações já consagradas, o Governo da Reconstrução também “apostou” em bandas regionais – muitas de Canavieiras –, mas que fazem grande sucesso junto ao público.
No sítio Histórico, o Carnaval Cultural tinha público garantido todas as noites. No palco, revezavam-se bandas das Filarmônicas 2 de Janeiro e Lyra do Comércio, JC Musical, Boinha Miranda, China e Banda, com músicas dos antigos carnavais. Outra atração à parte foi o baile infantil, animado por Iara Silva e Banda, com a participação de pessoas de todas as idades.
No Carnaval Cultural o grande homenageado foi Manoel Santana Mendes da Cruz, o Maneca (falecido em 1982), um dos fundadores do Bloco do Canecão. O bloco é uma das tradições do Carnaval canavieirense e desfilou na noite de sábado (1º), saindo da Rua 13 até o palco do Sítio Histórico onde a família e os participantes do bloco receberam a homenagem promovida pela Secretaria da Cultura.
Durante todas as tardes/noites, desfilaram os blocos tradicionais, de índios e os afoxés, organizações carnavalescas que continuam a preservar a tradição dos velhos carnavais de Canavieiras. Outra agremiação tradicional é o Bloco das Almas, que desfila à meia-noite de quinta para sexta-feira, promovendo a abertura extraoficial do Carnaval da cidade.
Na Praia da Costa, na Ilha da Atalaia, duas bandas se revezavam num trio elétrico, a partir do meio-dia até às primeiras horas da noite. Assim que encerrava a folia à beira-mar, os foliões se dirigiam para o Sítio Histórico e a Rua 13, onde permaneciam até ao amanhecer, animados pelos sons das bandas e trios elétricos.
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