PT recua e fecha com Marcelo Nilo


O deputado estadual Rosemberg  Pinto ( PT), se colocou como pré-candidato na semana passada e chegou a dar ultimato ao partido, mas, como era previsto, o PT recuou a uma possível iniciativa de entrar na disputa e preferiu aderir ao projeto do aliado na base governista. Nos bastidores há quem diga que influenciou no apoio a Nilo o aval do governador Jaques Wagner (PT), para quem seria confortável manter o pedetista no comando da Casa.

Antes de baterem o martelo, alguns parlamentares chegaram a criticar a “ausência de democracia” e a “exposição negativa” do Parlamento com a reeleição, mas na negociação teriam cedido à obstinação de Nilo. Entretanto, a adesão não teria sido gratuita, já que o PT vai reivindicar o segundo maior cargo da mesa diretora: a 1ª vice-presidência.

Na justificativa para a aliança à candidatura de Nilo, o líder petista na Casa, deputado Yulo Oiticica, usou a conversação para as eleições estaduais de 2014 e a necessidade de unidade da base. “Como eu disse, o PT é o condutor do processo e cabe a ele, como maior partido, que saiu vitorioso em 93 cidades, o objetivo de conduzir o processo que culmina em 2014 e eleger o sucessor do governador Jaques Wagner”, disse, ao sinalizar que a sigla pode ceder agora, mas que brigará pelo protagonismo daqui há dois anos.

O recado pode ser para o próprio dirigente do Legislativo que tem atuado no sentido de liderar a chapa de 2014. Essa perspectiva seria reajustada pela chance de que o pedetista ocupe uma cadeira no Tribunal de Contas do Estado (TCE).(TB)