Apesar do discurso afinado em defesa da “união das oposições” no pleito de 2014, representantes de três partidos de oposição ao governo Wagner demonstraram nos últimos dias que a aliança pode dar trabalho para ser efetivamente firmada. Com pequenos intervalos, o vereador Cláudio Tinoco (DEM) e os deputados estaduais Leur Lomanto Júnior (PMDB) e Augusto Castro (PSDB), defenderam o protagonismo de suas respectivas forças políticas no comando do projeto contrário à atual gestão petista. Na última quinta-feira (24), o democrata declarou que o ex-governador Paulo Souto era o candidato mais “provável” do grupo. No dia seguinte, veio a reação.
Por meio de nota, Lomanto Jr. classificou Geddel Vieira Lima, presidente estadual do PMDB, como o candidato “natural” das oposições e mencionou a “vontade” e “disposição” do ex-ministro. “São fatores primordiais. Para ser candidato, primeiro é preciso querer ser”, disse o peemedebista ao Bahia Notícias. Ao contrário de Geddel, Souto tem desconversado sempre que é questionado sobre a sucessão de Wagner e não manifestou desejo de disputar as eleições do próximo ano. “Respeitando os demais [pré-candidatos], acho que não tem porque Geddel não ser candidato. O momento é dele”, opinou o correligionário. Lomanto Jr. defendeu ainda que, independentemente do escolhido, a decisão ocorra ainda este ano.
Colega de Assembleia Legislativa do peemedebista, o tucano Augusto Castro não perdeu a oportunidade e tentou levantar a bola do seu colega de PSDB João Gualberto, ex-prefeito de Mata de São João. “É um nome que unifica o PSDB. Tem viajado por toda a Bahia e representa o novo nesse segmento da oposição”, disse Castro. Considerado “retardatário” na disputa, Gualberto teve destacadas por Castro sua experiência na área empresarial e na gestão pública. “Mata de São João é um município pequeno, mas ele conseguiu bons índices em todos os setores”, avaliou. Sobre a definição do candidato, o tucano previu que o processo deverá ocorrer de forma mais clara entre fevereiro e março. Também postula a condição de candidato o secretário municipal de Urbanismo e Transporte, José Carlos Aleluia (DEM). Em 2012, apesar das tentativas de negociação, a chamada “união das oposições” só ocorreu no segundo turno da eleição municipal soteropolitana, com o apoio do PMDB a ACM Neto. ( Bahia Notícia )
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