Ilhéus : Moradores do condomínio minha casa minha vida reclamam da falta de infraestrutura


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O que era o sonho ter uma casa própria, vem se tornando uma dor de cabeça para quem reside no condomínio “Minha Casa, Minha Vida” na BR-415. Segundo o presidente da associação da Morada do Porto, Nildo Oliveira, até o momento, a falta de infraestrutura vem inviabilizando a vida dos moradores.

Um dos problemas, de uma lista enorme, é relacionado com o transporte público, que tem apenas uma linha para atender mais de 6 mil pessoas.

A secretaria de Assistência Social, junto aos programas do Governo Federal, até agora não deu atendimento adequado à população do novo conjunto habitacional da cidade.

O descaso não para por ai. A creche e o Posto de Saúde estão construídos e fechados. Com isso, são mais de 100 crianças de 3 a 5 anos pré- matriculadas desde março sem estudar. “Já morreram duas pessoas, uma criança de 8 anos, e um idoso de 65 anos, ambos por falta de socorro imediato, e quantos mais terão que morrer para o poder público nos enxergar?” lamenta Nildo Oliveira.

Entre os alunos do ginásio, muitos não estão frequentando as aulas por falta de dinheiro para pagar o transporte coletivo e vão perder de ano.

Para piorar ainda mais a situação, há um grande número de apartamentos com problemas de infiltração, defeito nos banheiros, além do asfalto das ruas dissolvendo como sonrisal, muitas lâmpadas queimadas e um péssimo atendimento da empresa construtora Sertenge e Caixa Econômica  Federal.   “Até madeira podre e telhado desabando já temos, a obra não vai ser para os doutores destas empresas morar, ai fizeram a facão”, ressalta o presidente da associação de moradores.

“Conseguimos do Governo Federal, mais precisamente do Ministério das Cidades, um recurso de 3 milhões e 60 mil reais, para construir uma Escola Municipal e um Centro Comunitário no Condomínio, e para que a obra tivesse início, bastaria que a Prefeitura apresentasse um projeto à Caixa Econômica Federal, para que seja o dinheiro seja liberado. Só que até agora eles não apresentaram nada”, afirma Nildo Oliveira.