A greve geral dos trabalhadores de todas as categorias de servidores públicos municipais de Ilhéus, que já dura 44 dias, continuará até que seja assinado o acordo de campanha salarial. Na manhã desta segunda-feira (02) os representantes de todos os sindicatos se reuniram mais uma vez com o secretário de Administração da Prefeitura, Ricardo Machado, na tentativa de se chegar a um acordo, mas não houve nenhum avanço nas negociações. A expectativa dos trabalhadores é que a qualquer momento o governo municipal convoque os sindicatos para mais uma reunião, dessa vez para a assinatura do acordo de campanha, para que os servidores possam retornar aos seus postos de trabalho.
Os líderes sindicais foram unânimes em afirmar que tem feito tudo que é possível para assinar o acordo e acabar com a greve, mas o governo municipal se recusa a cumprir o que manda a legislação, que é a revisão salarial anual prevista na Constituição Federal e na Lei de Responsabilidade Fiscal. Além de não reivindicar o reajuste e sim a reposição das perdas salariais, os servidores apresentaram a proposta de abrir mão de receber de imediato o pagamento da reposição retroativo à data base das categorias e negociar posteriormente a quitação dessas parcelas. Os sindicatos dos trabalhadores também se comprometeram em continuar nas discussões com o governo para analisar os verdadeiros índices da folha de pagamento e buscar saídas para a crise gerencial que se encontra o município.
Mas como até agora o governo não apresentou nenhuma proposta de acordo de campanha salarial, a greve continua por tempo indeterminado e na manhã desta terça-feira será realizada uma mobilização, às 8 horas da manhã, em frente ao Palácio Paranaguá, à espera da reunião para o fechamento do acordo. Na parte da tarde os trabalhadores participarão da sessão ordinária na Câmara de Vereadores onde será discutido, dentre outros assuntos, o pedido feito pelos sindicatos de afastamento imediato de Jabes Ribeiro do cargo de prefeito, como determina a Lei Orgânica Municipal, no artigo 84, parágrafo 2.º, por descumprir a Constituição Federal. Também deverá ser colocado em discussão nesta terça-feira o pedido de criação da Comissão Especial de Inquérito para apurar indícios de irregularidades envolvendo o sistema de transporte coletivo na cidade.
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