Morre papa Francisco, 1º pontífice latino-americano, aos 88

Vaticano – O Papa Francisco, Jorge Mario Bergoglio, primeiro pontífice latino-americano da história, morreu nesta segunda-feira (21) aos 88 anos. A informação foi confirmada pela Santa Sé, que divulgou um comunicado oficial lamentando a perda do líder da Igreja Católica, que ocupou o cargo por 12 anos.

“O Bispo de Roma, Francisco, retornou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e de Sua Igreja”, diz o texto. O Vaticano destacou seu compromisso com os mais pobres e marginalizados, além de seu legado de “fidelidade, coragem e amor universal”.

### **Velório e funeral seguirão tradição**
Como manda a tradição, o corpo do pontífice ficará exposto para visitação dos fiéis na Basílica de São Pedro, com o funeral culminando em uma missa de corpo presente na Praça São Pedro.

### **Trajetória: De filho de imigrantes ao trono de Pedro**
Nascido em Buenos Aires em 17 de dezembro de 1936, filho de imigrantes italianos, Bergoglio teve uma vida marcada pela simplicidade. Antes de entrar para a vida religiosa, trabalhou como faxineiro, segurança de bar e técnico em química.

Ordenado padre em 1969, ele se tornou uma figura polêmica durante a ditadura argentina (1976-1983). Enquanto ajudou perseguidos políticos a fugir do país, também foi acusado de não defender dois padres jesuítas sequestrados e torturados. Anos depois, admitiu que a Igreja na Argentina deveria fazer “penitência pública” pelos erros do período.

Eleito papa em 2013, Bergoglio manteve um estilo humilde, recusando luxos do Vaticano e criticando a desigualdade social. Seu papado foi marcado por posições fortes, como condenações às guerras de Putin e Netanyahu e à resposta europeia à crise dos refugiados.

Em 2020, durante a pandemia de Covid-19, sua imagem rezando sozinho na Praça São Pedro, vazia pela quarentena, tornou-se um símbolo de resistência.

Agora, o mundo se prepara para se despedir do papa que revolucionou a Igreja com gestos de inclusão – mas também dividiu opiniões com suas escolhas políticas e reformas.

***(Com informações do Vaticano)***