Por Jamesson Araújo
Uma pesquisa divulgada hoje pela Quaest mostrou que, se as eleições fossem agora, Lula seria o favorito à reeleição, sem Bolsonaro na jogada. No primeiro turno, o petista ganharia dos principais adversários da direita, como Tarcísio de Freitas, Romeu Zema e Ronaldo Caiado. Também foram testados Pablo Marçal, Eduardo Bolsonaro, Gusttavo Lima e Ciro Gomes – o único representante da esquerda a enfrentar o presidente.
Outra pesquisa da Quaest mostra que a gestão atual de Lula tem uma avaliação negativa de 37%, contra 31% positiva e 28% regular. Todos esses números indicam que Lula tem boas chances de conquistar a reeleição. No entanto, um cenário de união da direita ou um nome polêmico e popular podem atrapalhar os planos do PT para mais quatro anos no poder.
Lula sem Bolsonaro pode ser mais vulnerável do que se imagina, já que há uma vontade popular por renovação. Esse sentimento tem se manifestado mais à direita, com nomes como Nikolas Ferreira ganhando destaque. Porém, Nikolas não poderá concorrer à presidência em 2026 devido à idade.
Do outro lado da moeda, a etária também traz seus desafios, como no caso do presidente Lula, que completará 81 anos em 2026. Após um acidente que resultou em uma hemorragia intracraniana, o PT voltou a se preocupar com a falta de um sucessor para as próximas eleições presidenciais.
O nome mais cotado para suceder Lula é o do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), mas ele está enfrentando críticas devido ao caso da fiscalização do PIX pela Receita Federal, o que gerou uma grande impopularidade. Com possíveis alianças em vista para uma renovação política, longe do espectro do PT, é possível surpreender Lula.
A polarização entre PT e PL tem feito mal ao país, e a possível aposentadoria política de Lula abre espaço para “novas lideranças”, como Geraldo Alckmin (PSB). É curioso notar que as pesquisas ainda não o colocaram no cenário das eleições de 2026.
Alckmin, ex-governador de São Paulo por quatro mandatos, agora em um partido com visão nacional, surge como uma opção viável caso Lula não se candidate. Alckmin tem a capacidade de dialogar com diferentes correntes políticas e pode unir aliados improváveis.
Ciro Gomes também surge como uma opção da esquerda, mas precisaria mudar sua abordagem política para se tornar um candidato viável.
Enquanto Lula estiver apto para a reeleição, a direita terá dificuldade para 2026.
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