O Plano Nacional de Ferrovias, que começou a ser divulgado este mês pelo ministro dos Transportes Renan Filho (MDB), está provocando uma disputa entre os estados de Tocantins e Goiás devido à possível mudança no traçado original da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL), de Figueirópolis no Tocantins para Mara Rosa em Goiás como ponto de interligação com uma outra ferrovia, a Norte-Sul.
O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), se mostrou preocupado com a possível mudança, o que o levou a solicitar uma audiência com o Ministro Renan Filho e a bancada federal do estado. “O Tocantins não pode ser preterido como se fosse menos relevante. Os investimentos locais para atender esse eixo de ligação já estão sendo feitos há mais de década.
A iniciativa privada e o governo do Estado já investiram na região. Essa seria uma mudança abrupta no planejamento federal que alteraria toda a matriz de crescimento do Tocantins.”, afirmou o governador tocantinense.
O deputado federal e ex-governador Carlos Gaguim (UB) também protestou contra a possível mudança no traçado e disse que isso representaria um aumento de 2 bilhões de reais nos custos da rodovia.
A previsão do Ministério dos Transportes é que o plano seja apresentado ao presidente Lula nas próximas semanas, o que explica a pressa dos tocantinenses em garantir que o estado seja contemplado com a ferrovia que vai ligar a Norte-Sul ao Porto de Ilhéus, na Bahia, com mais de 1 500km de extensão. A estimativa é que o plano, que envolve outras rodovias pelo país, chegue a 100 bilhões de reais em investimentos.
Informações da revista Veja/ Radar Econômico.
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