O golpista Cláudio Luiz Lima de Moradillo, 38 anos, que se passava por policial civil, foi apresentado à imprensa, nesta quinta-feira (1º), pelo delegado Nílton Tormes, titular da 16ª Delegacia Territorial (Pituba), no auditório do edifício-sede da Polícia Civil, na Piedade. Preso, na última terça-feira (30), no Jardim Cruzeiro, ele portava um distintivo e um brasão com a insígnia da instituição policial, além de um revólver de calibre 38, sem numeração.
Bem articulado, também se apresentava como técnico da Receita Federal, assessor parlamentar de políticos baianos e empresário de cantores da “axé music”, dentre outras ocupações, segundo apurou o delegado que já o investigava há quatro meses. “Variados golpes vinham sendo aplicados por Cláudio Luiz”, informou Tormes, que o autuou por usurpação de função pública, falsidade ideológica e porte ilegal de arma.
Morador do Jardim Cruzeiro, na Cidade Baixa, ele tempassagens pela 3ª Delegacia Territorial (Bonfim), por prática de receptação, e pela Delegacia de Repressão ao Estelionato e Outras Fraudes (Dreof). No interrogatório, afirmou que revendia produtos eletroeletrônicos, supostamente apreendidos pela Receita Federal, obtidos ilicitamente.
Conforme investigações, muitas das pessoas com as quais negociava pagavam antecipadamente pelo bem, mas não recebiam o produto nem tinham o dinheiro devolvido. Cláudio Luiz também costumava efetuar compras diversas e não honrar as dívidas. Há ainda denúncias de que, armado e passando-se por policial, abordava pessoas nas ruas em atitude suspeita, tentando extorqui-las.
Usuário de cocaína há, pelo menos, 10 anos, Cláudio Luiz também é suspeito de tráfico de armas. “Há indícios de que fornecia pistolas Glock, de fabricação austríaca, para terceiros”, afirmou Tormes, que o mantém custodiado à disposição da Justiça.
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