Prefeitura de Itabuna acolhe estudantes afegãs na Rede Municipal de Ensino


Recomeço, nova história em outro país bem diferente da origem, mas onde a empatia e o acolhimento estão presentes no dia a dia. Assim tem sido a vida de três estudantes com idade entre 10 e 14 anos, refugiadas da cidade de Kandahar, no Afeganistão. Elas e a família foram acolhidas pela Prefeitura de Itabuna.

A Prefeitura tem tratado o assunto de forma oficial por meio do Comitê Intersetorial para Migrantes e/ou Refugiados, que foi instituído pelo prefeito Augusto Castro (PSD), através da Portaria de nº 10.416, de 8 de novembro de 2023.

O Comitê conta com representantes das secretarias municipais de Governo, Educação, Saúde, Promoção Social e Combate à Pobreza, Segurança e Ordem Pública, Fazenda e Orçamento, Procuradoria-Geral do Município e de Relações Institucionais e Comunicação.

De acordo com a coordenadora dos Anos Iniciais do Fundamental I e membro suplente do Comitê Intersetorial de Migrantes e Refugiados, professora Lizandra Lima, a Prefeitura de Itabuna foi pioneira ao criar a instituição. “Itabuna tem sido um exemplo para outros municípios ao tratar de forma séria e responsável todas as demandas dessas pessoas que chegam ao município em busca de apoio”, completou.

Na área educacional, o acolhimento dessas crianças e adolescentes ocorre nas escolas municipais Frederico Smith Lima e Maria Creuza Pereira da Silva, no Urbis IV, na zona oeste da cidade. A professora Lizandra contou que o Projeto “1º Chá Literário do Fred”, que incentiva a leitura por meio do PROLERA, gerou resultados positivos em sala de aula.

“Precisávamos inserir no contexto da nossa escola algo que promovesse o pertencimento dessas estudantes a esta nova comunidade. Isso foi possível por meio do livro “A Outra Face”, de Deborah Ellen, que fala da história de um garoto afegão”, explicou a educadora.

“Foi possível valorizar a cultura dessas crianças e ainda levar conhecimento para todos os alunos da escola que passaram a conhecer mais sobre o Afeganistão, país situado na Ásia”, conta a professora de Artes, Aldine Maciel.