Oposição versus situação: o cenário político em Ilhéus


Por Jamesson Araújo

A disputa eleitoral em Ilhéus está pegando fogo! Em 2020, já tínhamos uma ideia clara de quem seriam os candidatos a prefeito, mas agora, em 2024, a situação está completamente diferente. Tanto a oposição quanto a situação estão em stand by, ansiosos para descobrir quem serão os candidatos que irão brigar pelo palácio Paranaguá.

Na oposição, temos uma frente ampla, também conhecida como “frente fria” pelo Blog Agravo. Dois nomes estão se destacando como favoritos: o empresário Valderico Júnior (União Brasil) e o ex-prefeito Jabes Ribeiro (PP). Ainda não há uma definição de quem será o candidato principal, mas nos bastidores, o grupo do ex-prefeito está espalhando que Júnior será o vice.

Por outro lado, o grupo de Júnior alega que o grupo de Jabes está jogando sujo e que Valderico será o candidato, com ou sem o apoio de Jabes e do PP. O Blog Agravo conversou com algumas pessoas próximas a Valderico Júnior, e há rumores de um possível rompimento antes mesmo de uma definição. Alguns dizem que esse rompimento pode isolar politicamente o ex-prefeito, que atualmente só conta com o seu partido, o PP.

Enquanto isso, na oposição, o pré-candidato do PL, Coronel Resende, está se mantendo distante do grupo da “frente fria” e está caminhando em busca de viabilidade eleitoral. A turma do PL está animada com a recepção dos ilheenses.

Já na situação, que é base do governo estadual, ainda não foi decidido quem será o candidato apoiado por Jerônimo e Lula em Ilhéus. Estão na disputa o vice-prefeito Bebeto Galvão (PSB), Bento Lima, Augustão (PT), Adélia Pinheiro (sem partido), Marcos Flávio (PSD) e o vereador Aldemir Almeida (PP), vereador Jebson Moraes (PSD). A decisão será tomada pelos partidos da base, mas principalmente pelo prefeito Mário Alexandre (PSD) e pelo governador Jerônimo (PT), e só será anunciada em março.

Com todas essas informações, fica claro que a eleição ainda está em aberto. A definição do candidato da base será crucial para saber se a oposição terá vida fácil ou difícil, enfrentando um nome competitivo. O certo é que a base trará um nome novo, com o apoio da máquina municipal, estadual e federal, e automaticamente será o favorito.

O cenário é tão complexa que alguns analistas políticos acreditam que o ex-prefeito pode ficar de fora do jogo, dependendo de quem for o candidato escolhido pela base.

A ex-reitora da UESC, professora e médica Adélia Pinheiro, atualmente a preferida do governador Jerônimo, seria uma escolha que se encaixa perfeitamente no desejo dos ilheenses por renovação política. O apelo é forte!

Mas, como mencionamos antes, a decisão final está nas mãos dos caciques políticos, vindo de cima para baixo, e cabe ao prefeito atual participar da decisão, acalmar e organizar o grupo dos insatisfeitos.

Agora, a pergunta que não quer calar: em quem você apostaria na bolsa de apostas?