Duas ocorrências curiosas movimentaram o plantão desta segunda-feira (13/02), em Itabuna, no Sul da Bahia. Dois automóveis clonados foram apreendidos por policiais rodoviários federais durante ações de combate às fraudes veiculares.
Tudo começou, quando uma equipe da PRF BA fazia fiscalizações na altura do quilômetro 508 da BR 101 e deu ordem de parada ao HB20, de cor branca, emplacado em Patos de Minas (MG).
Durante a fiscalização no carro, os policiais desconfiaram de alguns sinais de identificação e aprofundaram a verificação. Após algumas consultas a equipe constatou que o veículo tratava-se de um clone e que havia uma ‘queixa’ de roubo para o veículo original, registrada em dezembro/2022, na capital baiana.
O condutor também entregou aos policiais um CRLV com indícios de falsificação. Ele afirmou para a equipe da PRF que negociou o carro mediante a troca em um Voyage de sua propriedade. Disse ainda que assumiu o compromisso de pagar a diferença do valor da negociação em dinheiro.
Configurado o crime de receptação de veículo roubado (art. 180 do CP) e de uso documento falso (art. 304 do CP), o motorista foi preso e encaminhado para a Delegacia de Polícia Civil para lavratura do flagrante.
Em continuidade às investigações, os policiais conseguiram localizar o vendedor do HB20. Ele chegou na Delegacia a bordo de um Voyage, de cor branca, emplacado em Terra Nova (BA).
Para surpresa dos policiais, o Voyage também estava com as placas clonadas, modalidade utilizada para tentar encobertar a origem criminosa, já que o veículo original possuía uma ocorrência de roubo, registrada em outubro/2022 na cidade de Itabuna.
Os policiais também descobriram que o Voyage é o mesmo que foi tomado de assalto de um taxista, morto a tiros em 06/10/2022, na cidade de Itabuna.
O motorista, um homem de 40 anos, confirmou que recebeu o carro na negociação feita mediante a troca com o HB20.
Ele também foi preso por receptação e apresentado à autoridade policial pelo crime de receptação.
Clonagem não é um crime tão raro
A clonagem de veículos é comumente utilizada por quadrilhas especializadas que adulteram veículos furtados ou roubados e utilizam placas de veículos idênticos e legalizados a fim de passar despercebido por fiscalizações.
Apesar de grupos criminosos utilizarem-se de diversos artifícios para dificultar a identificação de veículos clonados, os policiais rodoviários federais passam por atualizações e treinamentos frequentes e aplicam técnicas avançadas, tornando-se verdadeiros especialistas no enfrentamento a fraudes veiculares.
Para se ter uma ideia, em 2022, foram recuperados em território baiano 835 veículos roubados ou furtados. Esses números expressivos é resultado do trabalho dos policiais rodoviários federais que trabalham dia e noite, para coibir crimes.
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