A divisão do poder


Valdemar, atual presidente do PL, e ministro Ciro Nogueira, são a cara do Centrão na gestão de Bolsonaro.

Nesta segunda-feira (22), durante a entrevista do presidente Bolsonaro ao JN, um dos assuntos mais comentados nas redes sociais foi o apoio do centrão ao atual governo.

Você sabe o que é Centrão? Na verdade, é um conjunto informal de congressistas conhecido por dar sustentação ao governo, indicar cargos no Executivo e ter maior participação nas indicações de recursos orçamentários.

Durante a entrevista, o presidente elencou a necessidade de ter o centrão para aprovar projetos importantes.

Nos governos anteriores, esse apoio foi batizada de mensalão no governo de Lula, no atual governo o nome é orçamento secreto, onde foi derramado no colo dos deputados e senadores bilhões de reais.

Vale lembrar que o mensalão foi um esquema de desvio de dinheiro público, organizado por alguns membros do Partido dos Trabalhadores (PT), que usavam o erário para pagar deputados federais da base aliada em troca de votos favoráveis aos projetos do governo.

Coincidentemente, também nesta segunda-feira houve a primeira prisão referente ao orçamento secreto na base de Bolsonaro. O prefeito de Rio Largo (AL), Gilberto Gonçalves (PP), aliado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), foi recolhido pela Polícia Federal, beneficiado com mais de R$ 23 milhões em emendas do orçamento secreto em 2021 e 2022.

O Centrão já se movimenta nos bastidores para manter o dialogo aberto com o candidato do PT. A prioridade, sempre, é se manter no poder, mesmo com a derrota de Bolsonaro.

O único candidato, até agora com discursos e críticas ao modelo centrão de governar, é Ciro Gomes (PDT).

Ciro disse que, desde 1989, os presidentes eleitos se aliaram ao Centrão e que esse modelo político de governança “eterniza a crise”. O pedetista declarou que em um eventual governo negociará com os parlamentares eleitos “à luz do dia”.