A Justiça Federal enviou o processo sobre suposta corrupção no Ministério da Educação (MEC) para o Supremo Tribunal Federal (STF), sob a alegação de interferência de autoridade com foro privilegiado nas investigações. A peça foi assinada pelo juiz Renato Borelli, da 15ª Vara do Distrito Federal.
O documento, porém, não menciona o nome da suposta autoridade com foro que teria interferido nas investigações. O ex-ministro da Educação Milton Ribeiro é um dos alvos.
O delegado da Polícia Federal (PF) Bruno Calandrini declarou, em carta enviada à equipe da Operação Acesso Pago, que uma ordem superior impediu a transferência do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro para Brasília. As informações são da analista de política da CNN Thais Arbex.
“O deslocamento de Milton para a carceragem da PF em SP é demonstração de interferência na condução da investigação, por isso, afirmo não ter autonomia investigativa e administrativa para conduzir o Inquérito Policial deste caso com independência e segurança institucional”, disse o delegado na carta.
Ex-ministro é solto
O desembargador federal Ney Bello, do Tribunal Regional Federal (TRF-1), concedeu liberdade ao ex-ministro Milton Ribeiro e aos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura. O trio foi preso na quinta-feira em investigação da Polícia Federal sobre esquema de corrupção no Ministério da Educação.
Milton Ribeiro deixou a carceiragem da Polícia Federal em São Paulo por volta das 15h da tarde desta quinta-feira, 23. A decisão tem validade até a Terceira Turma da corte analise o mérito do habeas corpus impetrado pela defesa do aliado do presidente Jair Bolsonaro.
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