Uesc comemora 48 anos de Campus Professor Soane Nazaré de Andrade


Campus da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc). Foto José Nazal.

Neste 22 de abril são comemorados os 48 anos de implantação do Campus da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), que presta homenagem ao Professor Soane Nazaré de Andrade, um de seus idealizadores. Foi inaugurado em 1974, num conjunto de 38 hectares, em parte, doados pelo agricultor Manoel Nabuco, à margem da rodovia Jorge Amado (BR415) que liga as cidades de Ilhéus e Itabuna.

Neste Campus é possível fazer um passeio pelo conhecimento: começando pelo prédio central, o Edifício José Haroldo Castro Vieira, em forma de torre, cercado de árvores e arbustos, gramados e flores, está a Reitoria com os serviços administrativos.

Nos pavilhões Adonias Filho, Pedro Calmon, Jorge Amado, Waldir Pires, Max de Menezes, Júlio Cascardo, Ciências Exatas e Tecnológicas, funcionam dezenas de laboratórios, salas de aula, auditórios, departamentos, colegiados de cursos de graduação, pós-graduação e gabinetes de professores. Além destes, os modernos e recém-inaugurados Complexo de Laboratórios para as Ciências Exatas (CLCE), o anexo do Centro de Biotecnologia e Genética (CBG) e o imponente prédio que vai receber o Núcleo de Estudos e Pesquisas Arqueológicas da Bahia (Nepab).

A área externa urbanizada, com mais de 50 mil m² de alamedas, acessos, iluminação em led, jardins bem cuidados e estacionamento, convida, por seus muitos caminhos, ao Centro de Arte e Cultura, onde estão a Biblioteca Central, livraria e o auditório principal. Pelas mesmas alamedas espaçosas, encontra-se também a Base Ambiental, o Restaurante Universitário, o Parque Desportivo e o Hospital Veterinário. Hoje esses caminhos são percorridos através de calçadas acessíveis, construídas a partir de 2020, período em que todos os pavimentos foram pintados e restaurados.

O bosque – como chamamos a área com essências florestais – abriga árvores nativas de várias espécies. Espaço predileto dos estudantes, e mesmo dos visitantes, oferece-se à leitura, à reflexão, ao relaxamento e despertar de emoções; vai receber bancos novos, uma imensa área de convivência. É, sobretudo, um Campus de Paz, alguém já o disse e bem.

Para o reitor Alessandro Fernandes, “na história da Universidade estão os nomes dos pioneiros na implantação do Ensino Superior na Região Sul da Bahia. Esses nomes não podem ser esquecidos. Eles idealizaram a Federação das Escolas Superiores de Ilhéus e Itabuna (Fespi), em 1973, antecessora da Uesc. Os que lutaram e se comprometeram com o dia cinco de dezembro de 1991, ‘Dia da Cultura’, quando foi instituída a estadualização da Universidade Estadual de Santa Cruz, a nossa Uesc”.

“Hoje, esse Campus, pujante na universalidade do conhecimento, nos orgulha da sua comunidade acadêmica de professores, técnico-administrativos, estudantes e parceiros, em um trabalho crescente em prol da sociedade regional”, ressalta.

O reitor evidencia que “O futuro nos aponta desafios, não só com as tecnologias emergentes que determinam uma nova era na educação, mas, sobretudo, na luta pela autonomia universitária que precisa ser permanente. A nossa Universidade é um patrimônio da sociedade baiana, é formadora de grandes quadros, é defensora da ciência e tem um papel muito maior do que somente entregar diplomas; este Campus é lugar para transformar vidas, para transformar a sociedade”.

“Quando vejo a alegria e a esperança na face de cada um dos nossos discentes imagino responsabilidade que está sobre os ombros de cada servidor docente, técnico-administrativo, de cada gestor desta Universidade, para fazer com que esse sentimento de pertencimento, que é tão impregnado em nós, seja contagiante para todos aqueles que aqui, nesta Universidade, a maior invenção da sociedade desta Região Grapiúna, possa florescer em cada primavera da consciência,” destaca.

“Este local de estudos, pesquisa, extensão e inovação é como um jardim florescendo, engastado no exuberante fragmento da Mata Atlântica que o envolve num abraço. Aqui vicejam também edificações, das quais brotam saberes e talentos vivos, onde sonhos deixam de ser apenas sonhos. Neste Campus de hoje, como naquele difícil começo, há 48 anos, sabemos que obstáculos existem e existirão, mas nenhum será grande o bastante para impedir a caminhada da Universidade que este Campus gestou. No aprofundamento dos seus ideais, na busca dos seus objetivos e na capacidade de materializar aspirações. O Campus Professor Soane Nazaré de Andrade inspira, transpira, oxigena e se oferece por inteiro a quem queira conhecê-lo”, conclui o reitor da UESC, Alessandro Fernandes de Santana.