Candidato a presidente? Eduardo Leite marca coletiva para segunda e expectativa é que renuncie ao cargo de governador


Eduardo Leite deve informar seu rumo político na próxima segunda-feira.

O Palácio Piratini anunciou para o início da tarde da próxima segunda-feira (28) uma entrevista coletiva do governador Eduardo Leite (PSDB) e a expectativa no meio político é que ele confirme que vai renunciar ao cargo. Neste caso, quem assume é o vice, delegado Ranolfo Vieira Júnior (PSDB), que seria o candidato à reeleição pelo partido. A posse de Ranolfo seria na Assembleia Legislativa em data ainda a ser confirmada. Leite pode ficar no cargo até o próximo dia 2.

Além de anunciar se fica ou não no cargo — a assessoria do Piratini não informou o tema da coletiva –, Leite deve confirmar também nesta segunda-feira que fica no PSDB. Depois de ter perdido as prévias para o governador de São Paulo João Doria, Leite se aproximou muito do PSD de Gilberto Kassab para concorrer à Presidência da República. Mas a situação começou a mudar na semana passada, quando líderes tucanos lançaram uma carta com tom ‘fica Leite’.

Mas se não vai para o PSD disputar a Presidência e se, neste momento, o pré-candidato tucano é João Doria, por que Eduardo Leite precisa deixar o governo do Estado? Porque existe, dentro e fora do PSDB, o entendimento de que a candidatura de Doria não vai decolar e que Leite seria um nome mais competitivo. A candidatura poderia ser confirmada em julho, na convenção do partido. Só que ele não pode chegar no meio do ano como governador. Pela lei eleitoral, estaria com a candidatura impedida.

Uma possibilidade, segundo informa o jornal O Estado de S. Paulo, é que Leite esteja preparando o ‘Dia do Fico’ no PSDB em uma estratégia que prevê a possibilidade de um acordo com o MDB e o União Brasil para o lançamento de uma candidatura única à Presidência da República. O impasse para o acerto político ainda é o governador de São Paulo.

A ideia do grupo que apoia Eduardo Leite, do qual faz parte, por exemplo, Aécio Neves, é que Leite seja o candidato ao Palácio do Planalto com a senadora Simone Tebet (MDB-MS) de vice. Embora Simone e Leite também tenham baixíssimos índices nas pesquisas, apoiadores do gaúcho observam o alto patamar de rejeição de Doria. Dizem, ainda, que pesquisas mostram potencial de crescimento para o Leite.

‘Acredito que o governador do Rio Grande do Sul tende a ficar e trabalhar para ser o candidato da unidade da terceira via, filiado ao PSDB’, disse o deputado Aécio Neves (PSDB-MG) nesta sexta-feira. Desafeto de Doria, Aécio faz articulações políticas para lançar Leite à Presidência no lugar do paulista. Ex-presidente do PSDB, o senador Tasso Jereissati (CE) foi na mesma linha. ‘Eu diria que há 90% de probabilidade de Eduardo Leite ficar no PSDB’, afirmou Tasso em entrevista à CNN. ‘Não o vejo candidato por outro partido. Dentro do PSDB, ele deve ser uma eventual alternativa.’

Com informações do Jornal NH.