A gasolina na Refinaria de Mataripe, antiga Landulpho Alves (Rlam), na Bahia, vendida pela Petrobras para a Acelen, empresa criada pela Mubadala Capital, dos Emirados Árabes, custa 6,4% a mais do que a vendida pela estatal. A diferença em relação ao valor do diesel S-10 é menor, 2,66%.
A refinaria, que fica em São Francisco do Conde, na região metropolitana de Salvador, tem combustíveis com os preços mais caros do Brasil, em comparação com as refinarias da estatal.
Por meio de nota, a Acelen, atual operadora da Refinaria Mataripe, informou que os preços dos produtos produzidos pela refinaria de Mataripe seguem critérios de mercado que levam em consideração variáveis como custo do petróleo, que é adquirido a preços internacionais, dólar e frete.
A empresa alega que a crise com a guerra entre Rússia e Ucrânia também impactou no preço do produto, porque o preço internacional do barril de petróleo disparou, superando os US$ 115 por barril.
Neste mês de março, o preço da gasolina na Refinaria de Mataripe passou de R$ 3,46 para R$ 4,12 o litro. Já o preço do litro do diesel S-10 subiu de R$ 3,75 para R$ 4,63.
Em meio à disparada dos preços do petróleo, a Petrobras anunciou, nesta quinta-feira (10), reajustes nos preços de gasolina e diesel após quase dois meses de valores congelados nas refinarias.
A partir de sexta-feira (11), o preço médio de venda da gasolina para as distribuidoras passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro, um aumento de 18,8%. Para o diesel, o preço médio passará de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro, uma alta de 24,9%
Vale lembrar que o valor final dos preços dos combustíveis nas bombas depende também de impostos e das margens de lucro de distribuidores e revendedores. A gasolina na Bahia já passa dos R$ 8 no interior do estado e em Salvador, a média é de R$ 7,90 o litro.
Os combustíveis comercializados pela refinaria baiana, privatizada pela Petrobras em novembro de 2021, foram reajustados pela 5ª vez em 2022, no sábado (4).
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