O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, revelou, em conversa com parlamentares americanos, que as forças russas que entraram na Ucrânia por Belarus estariam a cerca de 32 quilômetros da capital, Kiev, segundo divulgou a Globonews. A informação confirmaria a estratégia do presidente russo, Vladimir Putin, de tomar a capital ucraniana e capturar o presidente Volodymyr Zelensky.
Nas redes sociais circulam informações não oficiais de que as forças militares da Ucrânia teriam explodido uma ponte sobre o rio Teteriv, visando atrasar o avanço das tropas inimigas.
Num discurso, o presidente Zelensky se comprometeu a permanecer em Kiev, enquanto suas tropas combatem invasores russos que avançam em direção à capital. Na quinta-feira, ele assinou um decreto no qual declara que o país está em estado de mobilização geral, depois do início da invasão militar da Rússia. Segundo o texto, estão convocados todos os recrutas e reservistas aptos para o serviço, que devem se apresentar a alguma das instituições militares do país. Segundo o presidente, 137 pessoas morreram e 316 ficaram feridas neste primeiro dia de operações.
Ainda na quinta-feira, as forças russas tomaram a usina nuclear de Chernobyl, após uma batalha “feroz” no primeiro dia da ofensiva russa contra o país vizinho – informação confirmada pelo primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmyha. O local, ainda radioativo, foi palco do pior acidente nuclear do mundo em 1986. Ação faz parte dos objetivos de Putin de abrir um corredor para o avanço militar até Kiev.
Nas primeiras horas desta sexta-feira, Kiev foi atingida por intenso bombardeio, e uma aeronave teria sido derrubada pela defesa ucraniana. Não foi confirmado se tratava-se de um avião militar ou míssil, mas os destroços caíram sobre um prédio residencial, deixando feridos.
“O que nós estamos ouvindo hoje? Não são apenas explosões de foguetes, batalhas, o som de aeronaves. Esse é o som de uma nova Cortina de Ferro baixando e isolando a Rússia do resto do mundo civlilizado”, discursou Zelensky, fazendo, ainda, um apelo aos líderes da comunidade internacional para que ajudem a Ucrânia antes que a “a guerra bata em suas portas”. (IG)
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