A articulação de Dória para enfraquecer Alckmin, pode ter criado uma “terceira via” no plano nacional

Por Jamesson Araújo

A ausência do ex-governador de São Paulo por quatro mandatos, e candidato à presidência do Brasil em duas oportunidades, o tucano Geraldo Alckmin, na filiação do vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, na última sexta-feira, é vista por tucanos como sinal de possível saída do PSDB.

A chegada de Rodrigo Garcia no PSDB é o primeiro passo para que dispute a cabeça de chapa na eleição para o governo de SP em 2022, caso João Dória desista de tentar a reeleição e concorra à presidência.

A articulação de Dória, isola Alckmin dentro do PSDB, e pode ocasionar a saída do ex-governador para o DEM. Alckmin que já confidenciou a amigos que vai deixar o PSDB.

A possibilidade de mudança de sigla por Alckmin foi comentada pelo presidente nacional do DEM, ACM Neto, nesta segunda-feira (17), durante coletiva virtual.

“Tem sido especulada uma possível vinda de Alckmin para o DEM. Essa hipótese existe, mas ainda não fiz nenhum convite formal. Sou uma pessoa que age com ética. Eu não vou ficar com ataques especulativos sobre nenhum partido”, afirmou.

Se confirmar a chegada de Alckmin, o DEM não terá só um nome para candidato ao governo de São Paulo, mas também a opção de viabilizar uma candidatura à presidência da República, colocando uma possibilidade de terceira via a polarização entre Bolsonaro e Lula.

O certo é que a articulação de Dória para enfraquecer Geraldo Alckmin, pode ser inverso, e turbinar o DEM em opções de fortalecimento no plano nacional.

Resta saber se Alckmin vai optar ser candidato a Governador de SP ou Presidente.