Doze novas espécies de formigas foram descobertas por pesquisadores em Ilhéus, no sul da Bahia. Elas foram analisadas no Laboratório de Mirmecologia (ciência que estuda esses insetos) da Comissão Executiva Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac).
As novas formigas foram identificadas pelo pesquisador e professor Paulo Robson de Souza, que é doutor em ecologia. O baiano, que atua na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, catalogou mais de 300 fotos de 44 espécies; 12 delas foram observadas em Ilhéus.
“De cada quatro quilos de seres vivos no mundo, um quarto é de formigas. São seres importantes de serem estudados”, afirma.
Ele disse, ainda, que os insetos são seres interessantes do ponto de vista científico. As formigas têm fama de terem uma rotina de trabalho muito organizada e desempenham papéis necessários na natureza, como remover as camadas do solo levando nutrientes e deixando a terra saudável, além de ajudar na polinização das flores.
A maior parte das formigas baianas encontradas recentemente por Paulo Robson foram observadas nos cacaueiros da região sul. O professor e engenheiro florestal Alexandre Arnhold destaca que os insetos têm comportamentos diferentes.
“Algumas habitam o solo, outras vivem na copa e outras transitam entre copa e solo. Daí as pesquisas devem ser segmentadas para encontrar o maior número possível de formigas”, detalha o pesquisador.
O Laboratório de Mirmecologia da Ceplac existe há três década. Neste período, já foram analisadas mais de quatro mil espécies de formigas, todas encontradas nas áreas de Mata Atlântica do sul da Bahia. A coleção que fica em Ilhéus é considerada uma das maiores da América Latina.
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