“A minha opção é disputar o governo da Bahia ano que vem”, diz ACM Neto


Foto : Reprodução Rádio Metrópole.

“Só enxergo uma opção pra mim. Claro que, acima da nossa vontade, tem que ter a vontade de Deus e as condiçoes pra isso. Mas existindo essas duas coisas, a minha opção é disputar o governo da Bahia ano que vem”. A declaração foi dada nesta terça-feira (20) pelo ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), em entrevista a Mário Kertész, no Jornal da Bahia no Ar, da Rádio Metrópole.

O político baiano, atualmente presidente nacional do Democratas, falou também de um possível confronto com o PT, na disputa direta pelo Palácio de Ondina. A indicação petista gira em torno do senador Jaques Wagner, governador do estado por dois mandatos (2006 a 2014).  “Vai ser um confronto de duas ideias. Uma perspectiva do passado e outra de futuro. Eu quero conversar com o futuro da Bahia. É isso que eu pretendo”, pontuou.

Neto tenta repetir a trajetória política do avô. Antônio Carlos Magalhães (1927-2007) foi prefeito de Salvador (1967 a 1970) e três vezes ocupante do Palácio de Ondina, duas vezes indicado pela Ditadura Militar (de 1971 a 1975 e 1979 a 1983) e uma vez eleito, de 1991 a 1994.

Na disputa nacional, ACM Neto enalteceu a figura do ex-ministro da Saúde, seu correligionário, Luiz Henrique Mandetta. E também avaliou o peso de Lula na disputa do governo aqui da Bahia. “Considero a candidatura de Lula algo irreversível. Dificilmente vai acontecer algo novo na Justiça para tirar a elegibilidade de Lula. Não tô querendo escolher o candidato do PT. Pelo amor de Deus! Lula é uma liderança política no Brasil importantíssima, sem dúvida. Nós temos obrigação de reconhecer isso. Mas Isso não quer dizer que vai decidir a eleição para governador da Bahia. Em 2012, quando me elegi pela primeira vez prefeito de Salvador, enfrentei Wagner que era governador, Dilma, que era presidente, e Lula com a imagem forte. Ainda não tinha tido Lava Jato, nem nada. E venci todos eles”, diz.

O demista também respondeu sobre a ligação da legenda que preside com Bolsonaro, com ministérios no governo.  “Eu tenho tido opções bem críticas em relação ao governo federal, na condução da pandemia. Sou o primeiro a levantar a voz e dizer que não aceito isso. Não tenho tido com o governo federal, nem com seus ministros. Tem gente que vai ficar falando coisa, inventando coisa, de fofoquinha aqui… Mas quem me conhece, sabe… Tem gente que me chama de comunista e esquerdista. Outros me chamam de direitista. Isso mostra que minha política é uma linha de equilíbrio”.

Informações da Rádio metrópole.