Acusada de estelionato, falsificação de documento público e falsidade ideológica, uma mulher que se passava por professora de Direito foi presa na quarta-feira (24), no estado de Santa Catarina, após cumprimento de mandado de prisão expedido pela 9ª Delegacia Territorial da Boca do Rio, em Salvador.
Identificada como Cátia Regina Raulino, encontra-se custodiada na Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) e aguarda transferência para a capital baiana. O inquérito instaurado pela 9ª DT/Boca do Rio foi concluído e encaminhado para a Justiça, em outubro de 2020, com indiciamento da suspeita.
“No cumprimento do mandado de busca e apreensão, descobrimos que ela havia fugido para outro estado. Nas investigações entramos em contato com a Superintendência de Inteligência da Secretaria da Segurança Pública de Santa Catarina, onde ela foi localizada e o mandado de prisão, cumprido”, informou o titular da 9ª DT, delegado Antônio Carlos Magalhães Santos.
Relembre o caso
Ela passou a ser investigada em agosto de 2020, após alunas de um curso de Direito no qual ela era professora a terem denunciado por plágio. Ela alegava ser formada em Direito e possuir mestrado, doutorado e pós-doutorado, mas as universidades nas quais ela diz ter concluído os cursos negam tais formações.
A mulher chegou a apresentar documentos na 9ª DT, porém nenhum continha comprovação das graduações e títulos que afirmava ter.
A Universidade Federal da Bahia (Ufba) chegou a refazer duas bancas de mestrado que tiveram a participação dela.
Cátia também trabalhou por cerca de um ano no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). Através de nota, à época do início das investigações, o TJ-BA informou que ela atuou no órgão entre fevereiro de 2013 a janeiro de 2014, no cargo temporário de supervisor.
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