A redução do IPI determinada pelo governo federal para os carros novos derrubará o valor do IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) que será pago pelos proprietários em todo o país no próximo ano.
A redução nominal no valor do imposto cobrado pelos Estados será de mais de 10% para a maioria dos veículos de passeio, segundo pesquisa de preços no mercado de usados feita pela agência AutoInforme/Molicar.
Para algumas marcas e modelos, a queda chegará a 15%. Em termos reais, ou seja, descontada a inflação, a queda será maior ainda. Como a previsão de inflação para este ano está em torno de 5%, a queda real nesses casos pode atingir ou até superar 20%.
Pagar menos imposto num país em que a carga tributária é elevada (cerca de 36% do PIB) deveria ser motivo de comemoração pelos contribuintes. Não é o caso do IPVA.
Como o tributo é cobrado sobre o valor dos veículos no mercado, significa que o patrimônio das pessoas está valendo menos.
Do ponto de vista financeiro, seria mais vantajoso pagar mais sobre um bem que também valesse mais.
Em outras palavras, seria melhor pagar R$ 2.000 sobre um veículo que vale R$ 50 mil do que pagar R$ 1.600 de um que vale apenas R$ 40 mil.
MAIS NOVOS CAEM MAIS – A desvalorização tende a ser mais acentuada quanto mais novos forem os veículos, uma vez que a maior perda de valor ocorre nos primeiros anos de uso. Após alguns anos, os veículos continuam sendo depreciados, mas em percentual menor.
Segundo a pesquisa, na média geral (todas as marcas e modelos) os veículos fabricados e vendidos neste ano perderam 9,33% do valor; os em 2011, 10,82%; os em 2010, 11,83%; e os em 2009, 10,63%.
Por marcas, os carros da Citroën foram os que tiveram a maior queda, com 15,34%, seguidos dos da Chevrolet, com redução de 12,62%.
As menores quedas foram para os modelos da Iveco, cujos preços caíram 2,15%, e para os da Agrale, com 3,70%. Na média das marcas, a queda é de 10,4%.
Nas próximas semanas a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo divulgará a tabela com os valores do imposto a ser pago entre janeiro e março de 2013. A pesquisa é feita pela Fipe.
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