Atlas da violência 2024: 76,5% tiveram como vítimas pessoas pretas e pardas


Foto: : OLIVEIRA – Márcia- O olhar – SP – Maio-2023.

 

Estimular um olhar mais crítico por parte da sociedade marca datas símbolos como 20 de novembro como datas de extrema importância para a sociedade. Combater o racismo, preconceito e discriminação se combate com cidadania, com direitos que melhorem a vida das pessoas. Que esse 20 de novembro seja um dia de reflexão de todo o povo brasileiro no bom combate a todo tipo de preconceito.

O Dia da Consciência Negra é feriado nacional desde 20 de novembro de 2023, conforme a Lei 14.759/2023, sancionada pelo presidente Lula. A data é comemorada em todo o Brasil. Antes da lei, o Dia da Consciência Negra era feriado em alguns estados e cidades, por meio de leis estaduais e municipais. Muitos ainda perguntam por que tornar feriado o dia da consciência negra, como resposta basta olharmos as estatísticas no nosso país e no nosso estado no que se refere à violência.

O Atlas da Violência 2024, que traz os dados de mortes por homicídio no país em 2022, revelou que quarenta e seis mil, quatrocentas e nove pessoas foram assassinadas no Brasil naquele ano. Desse total, 76,5% foram pessoas pretas e pardas.

O País registrou 47.722 assassinatos em um ano, 10,4% do total mundial. Em homicídios per capita, está na 11ª posição, com 22,38 mortes a cada 100 mil habitantes – quase quatro vezes mais do que a média global. Tanto para homens quanto para mulheres, os negros (pretos e pardos) são as principais vítimas de homicídios: 76% entre os homens e 66% entre as mulheres.

Aplicativo Mapa do Racismo

É um canal do cidadão baiano com o Ministério Público da Bahia. Por meio dele, qualquer internauta poderá, com agilidade e facilidade, denunciar as infrações penais de injúria racial, racismo e intolerância religiosa cometidas no território estadual. Na ferramenta estarão também reunidas as informações necessárias para que as pessoas sejam capazes de identificar, numa situação real, a eventual ocorrência de alguma das diversas expressões do racismo e como proceder para registrar o fato junto ao Ministério Público. Clique aqui!

Matéria produzida pelo estagiário Pedro José dos Santos