A 11ª edição do PET-Saúde/Uesc inclui Ilhéus e Itabuna


O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (Pet-Saúde), da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) se destaca como um programa exemplar na promoção da integração entre o ensino, o serviço e a comunidade. Através de diversas ações, o Pet-Saúde Uesc contribui para a formação de profissionais de saúde mais conscientes e engajados com as demandas da sociedade, além de fortalecer a atenção à saúde da população, especialmente em comunidades em situação de vulnerabilidade.

PET-Saúde-Uesc desenvolve diversos projetos de extensão que visam abordar temáticas relevantes para a saúde da população, como promoção da saúde, prevenção de doenças, educação em saúde, atenção à saúde da família, entre outros. Estes projetos são realizados em parceria com comunidades, instituições de ensino e de saúde, e órgãos públicos, promovendo a intersetorialidade e o trabalho em rede.

O Programa tem sido reconhecido por sua excelência em diversas premiações nacionais e internacionais, dentre elas, recebeu o Prêmio Nacional Sergio Arouca de Saúde e o Prêmio Mercosul de Educação pelo Trabalho para a Saúde.

A 11ª edição do PET-Saúde Equidade (2024-2026), publicada pela Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), do Ministério da Saúde, em conjunto com o Ministério da Educação, aprovou mais um projeto da Uesc, tendo como temática central a valorização das trabalhadoras e futuras trabalhadoras no âmbito do SUS, permeada pelas abordagens de gênero, identidade de gênero, sexualidade, raça, etnia e pessoas com deficiências.

Nova etapa

O projeto terá vigência de 24 meses, em parceria com as Secretarias Municipais de Saúde de Ilhéus e de Itabuna, e oferecerá 40 bolsas para estudantes de graduação dos cursos da Biomedicina, Ciências Sociais, Direito, Enfermagem e Medicina, 11 bolsas para docentes envolvidos na coordenação e tutoria, uma bolsa para o orientador de serviço e 10 bolsas para profissionais de saúde que vão atuar como preceptores nos serviços ligados ao projeto.

A coordenadora geral da 11ª Edição do PET-Saúde Equidade, professora Nayara Mary Andrade Teles, avalia o projeto como desafiador, abrangente, estratégico, inclusivo, ao propor o fortalecimento do processo de mudança da formação para a saúde, considerando os elementos essenciais do quadrilátero da formação – educação, gestão, atenção e controle social, e contemplar o enfrentamento das desigualdades e combate à discriminação.

Tele enfatiza ainda “a perspectiva da equidade de gênero, identidade de gênero, sexualidade, raça, etnia e de pessoas com deficiências. O programa contribui, consequentemente, para a transformação das estruturas machista, racista, misógina, capacitista, etarista, homolesbotransfóbica que operam na divisão do trabalho no SUS. Almejamos, continuar fortalecendo a integração ensino-serviço-comunidade em articulação com SUS, a Uesc, os municípios de Ilhéus e Itabuna, e toda a comunidade assistida pelo projeto”, ressalta.

Cuidado Integral

Na 10ª edição do PET-Saúde (2022-2023) cuja Gestão e Assistência da Uesc teve o enfoque para a formação e o desenvolvimento dos trabalhadores do SUS para o cuidado integral às Pessoas com Diabetes Mellitus, contou com a participação de estudantes e docentes dos cursos de graduação da biomedicina, enfermagem e medicina, e dos profissionais de saúde da Secretaria Municipal de Ilhéus e do Hospital Regional Costa do Cacau (HRCC).

Para a coordenadora Pedagógica da 10ª edição, a professora Carla Daiane Costa Dutra, “a edição contribuiu positivamente e diretamente nos serviços de saúde, seja através da produção de conhecimento articulado e de fluxos de atendimento, como para a formação em serviço e desenvolvimento de ações que promoveram a qualificação da gestão do cuidado dos usuários atendidos no período”, destaca.

De acordo com a coordenadora Geral do PET-Saúde, professora Ana Maria Alvarenga, “por meio do projeto foi possível desenvolver pesquisas, trabalhos de conclusão de curso de alguns estudantes, produzir artigos científicos, materiais técnicos, didáticos e artísticos, e incentivar a participação dos envolvidos em eventos científicos”.

Na opinião da estudante Letícia Cruz Souza, do curso de Biomedicina, “o projeto proporcionou um contato direto com pacientes na Atenção Primária à Saúde, especialmente idosos e pessoas com diabetes. Comecei a compreender a importância do vínculo com os usuários para a adesão terapêutica e tive a oportunidade de trabalhar de forma interdisciplinar com estudantes e profissionais de outras áreas, o que me mostrou diferentes maneiras de entender as demandas e necessidades dos pacientes”, afirma.

Já a Enfermeira Ana Karoline dos Santos Alves, da Estratégia Saúde da Família Ilhéus 2, declarou que “o PET-Saúde ajudou o serviço e ofereceu suporte na capacitação e atualização de conhecimentos técnicos para a equipe, possibilitando uma assistência mais eficaz e centrada no paciente com diabetes”.