O consenso parece estar longe de ser alcançado na base do governo do estado em Ilhéus


Por Jamesson Araújo 

Mesmo com um final de semana prolongado devido ao feriadão, a política continua fervendo na cidade de Gabriela. A disputa mais acirrada está na base do governo estadual, onde não há diálogo recente para chegar a um consenso em relação a uma pré-candidatura única.

Enquanto isso, aliados do prefeito Mário Alexandre estão alimentando ainda mais a discórdia. Em uma entrevista ao programa Frequência Política, o secretário municipal de relações institucionais, Ari Silva, provocou o PT de Ilhéus ao insinuar que o partido tem um dono na cidade, ignorando as pré-candidaturas de Makrisi Angeli e Augustão e apoiando uma candidata importada, Adélia Pinheiro. Para piorar a situação, Ari ainda mencionou que em 2012, a saudosa Professora Carmelita Angela poderia ter cedido a cabeça de chapa para o vice, Mário Alexandre. Essas declarações desagradaram a cúpula do PT Ilheenses e aumentaram a tensão entre as partes.

Mais tarde, o presidente do PCdoB, Rodrigo Cardoso, publicou um artigo criticando abertamente a forma de agir dos articuladores do governo municipal, que estão tentando enfraquecer a chapa proporcional da federação (PT, PV, PCdoB). Ele destacou a estratégia de dividir as candidaturas majoritárias em vez de buscar a unidade da base, apostando em táticas duvidosas para garantir a vitória.

Há um mês, durante o programa Super Blogs, discutimos a possibilidade de Ilhéus repetir a eleição de 2012, com a divisão de candidatos para favorecer um determinado concorrente, como aconteceu com Jabes Ribeiro na época. Agora, essa mesma tática está sendo utilizada novamente, com Jabes Ribeiro (PP) e Bento Lima (PSD) contando com a fragmentação do eleitorado devido à rejeição e limitações de crescimento de suas candidaturas.

A política é um jogo estratégico, onde as peças são movimentadas com cuidado e planejamento. Atualmente, na base do governo estadual, parece que haverá duas ou três candidaturas, o que dificultaria o apoio dos líderes de esquerda a uma única candidatura.

Será que estamos diante de um xeque-mate político em Ilhéus?