Na próxima segunda-feira, dia 16 de outubro, o Governo da Bahia, por meio da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri), reúne autoridades de três estados brasileiros, além de representantes da cadeia produtiva do cacau, para avaliar os riscos que a possível chegada da monilíase do cacaueiro representa para essa cultura e apontar soluções. O evento será realizado na Governadoria, localizada no Centro de Operações e Inteligência da Segurança Pública – COI, em Salvador, a partir das 9h.
O encontro vai reunir os secretários de estado da agricultura do Pará, Espírito Santo e Rondônia. Junto com a Bahia, essas unidades da federação representam aproximadamente 98% da produção nacional de amêndoas de cacau, gerando uma receita anual que supera os R$ 23 bilhões e movimenta vários nichos de mercado.
De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a monilíase é uma doença que ataca os frutos do cacaueiro e do cupuaçuzeiro em qualquer fase de desenvolvimento, podendo causar perdas de até 100% da produção. Causada pelo fungo Moniliophthora roreri, está presente em todos os países produtores de cacau da América Latina, exceto no Brasil.
Uma das características da monilíase é a agressividade com que destrói as lavouras. “Daí a importância de discutirmos, desde já, o que os órgãos públicos e toda a cadeia do cacau podem fazer para manter o território brasileiro longe da doença, assim como, em caso de chegada dela, como podemos amenizar seus efeitos sobre a produção”, explica o secretário da Agricultura da Bahia, Wallison Tum.
Ao fim dessa primeira reunião, o grupo de trabalho pretende enviar uma carta ao Ministério da Agricultura indicando medidas que podem ser tomadas para impedir o avanço da doença ou amenizar seus riscos. Também deve ser assinado um termo de cooperação técnica para alinhar as ações de prevenção entre os estados produtores de cacau.
O encontro da próxima segunda-feira tem a participação confirmada de representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária, Ceplac, Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), Federação da Agricultura do Estado da Bahia (Faeb), Companhia de Ação Regional (CAR), Associação das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC), BahiaTer, Ministério Público da Bahia, além de produtores de cacau da Bahia e Espírito Santo.
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