Cassação: ‘Resolveram trabalhar para o PT’, diz Moro sobre ação do PL


O senador eleito Sergio Moro (União Brasil ), se pronunciou após receber a informação de que o PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, entrou com um pedido de cassação do seu mandato.

Nas suas redes sociais, o ex-ministro da Justiça afirmou que os políticos que moveram a ação na Justiça estão agindo como “maus perdedores” que decidiram se aliar ao PT, partido do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O objetivo do PL é que se tenha uma nova eleição no Paraná e que Paulo Martins, representante da legenda que ficou na segunda posição, conquiste uma cadeira no Senado.

Na disputa deste ano, Moro obteve 33,82% contra 29,12% de Martins. A ação foi apresentada pelo PL do Paraná, mas teve o aval do presidente nacional, Valdemar Costa Neto. O processo corre sob sigilo no TRE-PR (Tribunal Regional Eleitoral do Paraná).

O ex-juiz, que deixou o Ministério da Justiça após brigar com Bolsonaro e acusá-lo de tentar violar a autonomia da Polícia Federal, voltou a se aproximar do chefe do Executivo nas eleições deste ano.

Após flertar com Bolsonaro no primeiro turno, declarou voto nele no segundo. Ao final, porém, elegeu-se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), condenado por Moro no âmbito da Lava Jato —mais tarde, o STF (Supremo Tribunal Federal) anulou a condenação.

A retomada da aproximação com Bolsonaro foi uma tentativa de contornar o isolamento político vivido por Moro desde que pediu demissão do governo Bolsonaro.

Procurado pela campanha bolsonarista, Moro declarou voto no presidente e foi aos debates ao lado do então candidato à reeleição em uma estratégia que visava provocar e desestabilizar Lula.

Aliados de Moro classificaram a ação como tentativa de criar um “terceiro turno” na eleição para o Senado no Paraná.