A Secretaria de Segurança do Distrito Federal se reuniu na quinta (24) com a equipe de transição de Lula (PT) para discutir o policiamento na posse do petista, no dia 1º de janeiro. As discussões giraram em torno da estimativa de que 150 mil pessoas devem ir à Esplanada dos Ministérios para ver o novo presidente desfilar em carro aberto.
A futura primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, que coordena a posse, participaria da reunião, mas estava em São Paulo com Lula, que se recupera de um procedimento cirúrgico na laringe. Segundo o secretário de Segurança do DF, Júlio Danilo, ela deve se integrar ao próximo debate sobre a festa.
Além do desfile tradicional, a festa deve ter depois show de artistas que apoiaram Lula.
O governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), afirma que a festa deve ser tranquila, apesar das manifestações de bolsonaristas que ainda não se conformaram com o resultado das eleições. “Não acreditamos que vai ter manifestação”, diz ele. Se isso ocorrer, ela será feita em espaço distante da Esplanada, assegura o governador.
O secretário Júlio Danilo afirma que, além da Polícia Militar do DF, que cuidará do perímetro da Esplanada, também as polícias do Senado e da Câmara dos Deputados e os fuzileiros navais que fazem a segurança do Itamaraty participarão do esquema. A coordenação será feita pela Polícia Federal.
Como em todas as posses, atiradores de precisão estarão a postos para neutralizar algum possível ataque ao presidente que toma posse. Ainda não foi estabelecido, no entanto, o número total de agentes que trabalhará na festa.
Danilo diz que as pessoas serão revistadas antes de entrar na Esplanada, e que os protocolos neste ano devem ser semelhantes aos de posses anteriores: não será permitida no perímetro a presença de cidadãos com arma, faca, estilete, paus, ferros —e mesmo bandeiras com mastros, pois eles podem servir de arma em alguma confusão.
Na posse de Jair Bolsonaro (PL), em 2018, mesmo o lanche de pessoas que entravam no Congresso era revistado. Maçãs e outras frutas, por exemplo, precisavam ser cortadas, para evitar que alguém as atirasse no presidente de forma a feri-lo.
Informações da Mônica Bergamo/ Folha press.
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