O governador eleito Jerônimo Rodrigues (PT) disse, nesta terça-feira (1º), que não recebeu uma ligação do seu adversário nas eleições, ACM Neto (União), para parabenizar pela vitória, e criticou o presidente Jair Bolsonaro (PL) por não reconhecer a derrota para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“É um comportamento miúdo de um presidente da República não reconhecer o processo democrático. O Brasil deu outra aula de democracia (com a vitória de Lula). Ele (Bolsonaro) poderia dizer: ‘estou machucado, estou ferido, mas quero que o Brasil saia ganhando’. Não fez isso, e fez um risco no chão dizendo que tem dois Brasis. Não tem dois brasis. Não tem dois povos. Só tem um povo brasileiro”, disse Jerônimo, em entrevista a Mário Kertész, na Rádio Metropole.
O petista baiano ainda contou que não recebeu uma ligação do ex-prefeito de Salvador após o resultado das urnas. “Eu cheguei a pensar. Saindo o resultado, eu vou ligar para o meu opositor, vou parabenizar ele. Ele receberia uma ligação minha. (Eu) não recebi. Quem faz política tem que saber como faz. Não estou aqui me queixando não. Estou dizendo de uma estilo de fazer política”, pontuou.
Jerônimo Rodrigues disse que “não guarda ira” de prefeitos aliados que romperam com a base petista para apoiar ACM Neto na disputa ao governo, mas ressaltou que “guarda posição política”. O petista não especificou o que seria guardar “posição política”.
O petista criticou o prefeito de Jequié, Zé Cocá (PP), que apoiou Neto nas eleições deste ano, apesar disto Jerônimo venceu na cidade. “O prefeito de Jequié é um ingrato. Rui (Costa, governador da Bahia) o fez presidente da UPB (União dos Municípios da Bahia). Ajudou a fazer. O fez prefeito de Jequié, o fez deputado. Cuspiu no prato”, salientou.
Confira a entrevista na íntegra:
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