O fato político que faltava


Ex-deputado federal, Roberto Jefferson.

O ex-deputado federal e ex-presidente do PTB, Roberto Jefferson, protagonizou neste domingo (23/10), cenas lamentáveis que merecem total repúdio dos brasileiros.

O aliado do presidente Jair Bolsonaro, atirou com fuzil contra a Polícia Federal, além de lançar granadas, deixando dois agentes feridos. Logo a situação se alastrou nas redes sociais, com vídeos do discurso bolsonarista de Jefferson mostrando os policiais na porta de sua residência, afirmando que iria resistir ao mandado de prisão.

Chamou atenção uma leitura política feita pelo ex-deputado federal, Fernando Gabeira, comentarista da GloboNews.

Segundo Gabeira, Jefferson está muito doente e estaria ali para morrer como um mártir do bolsonarismo. Um fato político, que poderia se comparado a facada recebida por Bolsonaro em 2018, e alavancaria uma vitória no pleito do próximo domingo.

Todos sabem, quem atira na polícia, o revide é imediato. Quando Jefferson atirou, esperava o revide. Mas ao contrário, os policiais recuaram e aguardaram reforços.

O presidente, no início da noite, afirmou que, a mando dele, o ministro da justiça prendeu Jefferson. Fato esse, equivocado, a ordem de prisão foi emitida pelo STF. O ministro da justiça compareceu ao local para negociar a rendição do aliado.

Outro fato que chamou atenção, foi a demora de Bolsonaro em se solidarizar com os policiais federais feridos na ação. Logo divulgou um vídeo, de cabeça baixa, lamentando a ação do seu aliado, e os ataques a ministra Carmem Lúcia, não citando os policiais.

A ex-candidata a presidente, Soraya Thronicke, chamou atenção para a intervenção do presidente Bolsonaro junto a ação da PF.

“A intervenção do poder executivo no episódio de hoje com Roberto Jefferson foi gravíssima. Maculou o local do crime, permitiu tempo p/ destruição de provas antes da busca e apreensão, subjugou o poder judiciário,enfim…isso é inaceitável em um país que se diz democrático”.

Será que os celulares do Jefferson foram apreendidos?

O interesse pelos celulares é para saber quem avisou ao ex-deputado sobre a ida dos agentes a sua residência.

O Exército tem que se manifestar: um condenado e com medida cautelar aplicada, tinha fuzil e granada em casa. Ele estava registrado como CAC?

O certo é que as granadas de Jefferson atingiu a campanha de Bolsonaro.