Duranta a sabatina do Jornal Nacional, da Rede Globo, nesta quinta-feira (25), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que foi o principal objetivo da operação Lava-Jato era a sua condenação.
“Quem que foi o equívoco da Lava-Jato? É que a Lava-Jato foi por um caminho delicado. A Lava-Jato ultrapassou o limite da investigação e entrou no limite da política. O objetivo era o Lula. O objetivo era tentar condenar o Lula”, afirmou.
O petista ainda chegou a citar o ex-juiz Sergio Moro, que conduziu a operação que levou à sua prisão. Ele afirmou que disse a Moro “você está condenado a me condenar”
“No primeiro depoimento que fui dar ao Moro eu disse: Moro, você está condenado a me condenar porque você já permitiu que a mentira foi longe demais, e você sabe do que eu to falando. E aconteceu exatamente o que eu previa, quando nós entramos com habeas corpus na Suprema Corte foi antes e bem antes do hacker”, completou.
Corrupção no seu governo
Lula afirmou que foi “massacrado” durante 5 anos e que, pela primeira vez, teria a oportunidade de falar disso abertamente. Segundo o ex-presidente, “a corrupção só aparece quando você permite que ela seja investigada”.
“Durante 5 anos eu fui massacrado e estou tendo hoje a primeira oportunidade de falar disso ao vivo com o povo brasileiro. A corrupção só aparece quando você permite que ela seja investigada. No meu governo criamos o portal da transparência e a lei anticorrupção”, ressaltou o candidato do PT nas eleições.
O petista também comentou os casos de corrupção que surgiram durante o seu mandato, em especial em 2005, quando explodiu o Mensalão.
“Em 2005, quando surgiu a questão do Mensalão eu cheguei a dizer o seguinte, só existe uma possibilidade de alguém não ser investigado nesse país, é não cometer erro, se cometer erro vai ser investigado”, destacou.
Lula ainda citou o sigilo de 100 anos imposto pelo presidente Jair Bolsonaro no acesso a “temas sensíveis” do governo. A medida foi imposta em junho de 2021 e o Palácio do Planalto vetou, inclusive, dados sobre o cartão de vacinação do atual chefe Executivo do país.
“Eu poderia ter escolhido um promotor engavetador. Mas escolhi da lista tríplice. Poderia ter escolhido um delegado da polícia federal que eu pudesse controlar. Não fiz. Poderia ter feito decreto de 100 anos, que está na moda hoje.” (iG)
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