Um relatório da Controladoria-Geral da União conclui que houve falta de planejamento e sobrepreço em uma licitação para compra de tubos de PVC na Bahia, feita pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba.
A informação sobre o relatório foi publicada nesta segunda-feira (25) em reportagem do jornal “Folha de S.Paulo”. Conforme o documento, “houve aumento médio de 92% nos preços praticados”.
O documento, elaborado no fim do ano passado, detalha dois processos licitatórios repletos de problemas, sendo que em um deles a Codevasf cancelou após relatório da CGU e, em outro, manteve o pregão, apesar da recomendação de suspensão.
No caso da que foi levada adiante, o valor final para a aquisição foi estimado em R$ 11,3 milhões. “Apesar de ser tempestivamente alertada quanto às deficiências expostas, a empresa decidiu prosseguir com o certame. Agindo assim, mesmo diante das falhas existentes, a empresa se expôs aos riscos inerentes à compra”, pontuou.
Vale lembrar que a companhia, ligada ao Ministério de Desenvolvimento Regional (MDR), está em meio a uma operação da Polícia Federal (PF), deflagrada na última quarta-feira (20) no Maranhão. A ação buscou desarticular uma associação criminosa que promovia fraudes licitatórias, desvios de recursos públicos e lavagem de dinheiro de verbas federais da Codevasf. Na casa de um dos alvos, a polícia apreendeu R$ 1,3 milhão em dinheiro, além de artigos de luxo, como bolsas e relógios.
Com orçamento total de R$ 2,7 bilhões para 2022, a Codevasf é alvo de políticos do Centrão, grupo informal de partidos que atualmente dá sustentação ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).
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